A Quem Incomoda o ENEM

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Enxergando longe.
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O presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria ressaltou que a suspensão de um exame que envolve mais de três milhões de estudantes traria grandes transtornos aos candidatos de todo o Brasil e que a alteração do cronograma do Enem repercutiria na realização dos vestibulares promovidos pelas instituições de educação super. Portanto, havia risco de grave lesão à ordem administrativa, além da possibilidade de um elevadíssimo prejuízo ao erário — aproximadamente R$ 180 milhões .
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Na avaliação do sociólogo e consultor na área de educação, Rudá Ricci, há uma disputa de política partidária: “Uma prova nacional permite que o país trace objetivos de política educacional”, defende. Entre os setores interessados economicamente, segundo ele, estão as próprias universidades, que arrecadam em matrículas, os professores encarregados de formular as provas e que produzem questões fechadas e abertas, e os cursinhos  preparatórios para o vestibular, o que se constituem numa verdadeira “indústria do vestibular”.
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 “Uma prova nacional permite que o país trace objetivos de política educacional”, esclarece. Um vestibular nacional do ponto de vista da aplicação e do conteúdo promove um impacto no ensino médio, de modo a reverter problemas dessa faixa da educação.
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Para ele, os vestibulares descentralizados, feitos por cada universidade, provocam danos à educação, já que o ensino médio e mesmo o fundamental direcionam-se às provas, e não à formação em sentido mais amplo. “O ensino médio é o maior problema da educação no Brasil, é o primeiro da lista, com mais evasão, em uma profunda falência”, sustenta.
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 Controlando a ansiedade no inínio de cada dia de prova.
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“O Enem faz questões interdiciplinares, é absolutamente técnico e ético, e é super sofisticado”, elogia. Os méritos estariam em privilegiar o raciocínio à memorização de conteúdos. Isso permitiria que o ensino aplicado nas escolas fosse além do preparo para enfrentar provas de uma ou outra universidade.
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 “Existe uma movimentação para politizar esse tema; vamos ter o avanço de uma oposição organizada, que junta as forças políticas que perderam a eleição nacional com escolas particulares, cursinhos que têm muito interesse na manutenção do sistema de vestibular”, avalia.
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O sociólogo defende o modelo de exame nacional, mas acredita que a fórmula possa ser aprimorada, seja com mais dias de provas, seja com provas aplicadas a cada ano do ensino médio. Ele aponta ainda que houve um desvirtuamento da proposta interdisciplinar e sofisticada, empregada originalmente, em função da necessidade de expandir a prova. Este ano foram 4,6 milhões de inscritos.
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Ele acredita que a postura de críticas deve-se às diferenças partidárias. “Estão politizando o Enem, politizando o ingresso na universidade e o conteúdo da prova”, lamenta. “Seria interessante ter um órgão que execute o exame sob controle social, não de governo, nem de empresas”, sugere.
“A solução é nós discutirmos nacionalmente esse gerenciamento em um modelo de vestibular nacional”, defende. Em outros países o exame é aplicado por agentes privados de modo controlado pelo departamento de educação federal. Além de poder ser aplicado em dias diferentes, cartas de recomendação de professores e outros instrumentos também são considerados na seleção por parte de universidades.
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O criativo protesto, pelos transtornos causados.
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No fundo, no fundo, é mais uma luta desigual entre um governo interessado em criar oportunidades iguais de ingresso nas universidades, contra os derrotados nas últimas eleições, apoiados pelos que ganham fortunas com o modelo anteriormente aplicado, apoiado pela pobre mídia de sempre que chega a escalar jornalistas também inescrupulosos para, burlando o Edital do ENEM, comparecer às provas e criminosamente repassar dados por torpedo para a redação.

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