E o Torturador Curió Ouviu no Araguaia: "Guerrilheira não tem nome, seu filho da puta, eu luto pela liberdade!”

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 O Curió da Reserva já foi um Traiçoeiro Carcará na Ativa
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O hoje major de reserva Sebastião Curió foi preso pela Polícia Federal em sua casa em Brasília durante operação de busca e apreensão a documentos da ditadura, coordenada pelo Ministério Público Federal. Em sua casa, além de documentos e um computador, a polícia apreendeu as armas sem o devido registro.
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Curió, um dos chefes da repressão à Guerrilha do Araguaia, foi levado na quarta-feira para o Batalhão de Polícia do Exército, depois de prestar depoimento. Segundo o departamento de comunicação do Exército, o advogado de Curió obteve um habeas corpus para libertar seu cliente e Curió não ficou preso nenhum dia.
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O advogado desse canalha torturador é justamente outro antigo torturador João Lucena Leal,  que em Rondônia ficou rico como advogado de traficantes e de notórios assassinos, como o fazendeiro Darli Alves, que matou a tiros, no Acre, o líder seringueiro Chico Mendes.
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Os agentes federais e o procurador da República Paulo Roberto Galvão foram à casa de Curió para tentar resgatar documentos do período da ditadura - que ontem (1º de abril) completou 47 anos - em especial de sua atuação durante a Guerrilha do Araguaia, no início dos anos 70.
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Comemorando a soltura do torturador Curió, seu comparsa deu entrevista ao SBT, na qual descreveu com tranqüilidade e frieza, o que viu e o que fez com os adversários políticos do regime. “O sujeito amarrado, algemado e o executor puxava o gatilho e matava”, disse ele ao narrar uma das cenas entre as inúmeras das quais presenciou e participou.
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Mostrando profundo conhecimento no assunto, o advogado e torturador disse que, na sua época, o método mais utilizado era o pau de arara, nas suas palavras, “um instrumento cruel, devastador, que deixa seqüelas. Tem muita gente que não resiste meia hora e conta tudo. Às vezes, é só mostrar o instrumento e ele (a vítima) abre”.
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O Ministério Público Federal vai submeter o computador à análise em busca de documentos que possam estar digitalizados. Entre os papéis encontrados pelo MPF, estão páginas de documentos antigos com o selo “confidencial”.
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Em entrevistas públicas e em depoimentos à Justiça, Curió já disse que o Exército teria executado 41 guerrilheiros no Araguaia. Ao jornal “O Estado de S. Paulo”, em 2009, Curió abriu uma mala cheia de papeis em que anotava, supostamente, detalhes de diversas dessas mortes. Os 41 militantes de esquerda teriam sido mortos, segundo ele, fora do campo de combate, quando não ofereciam risco aos militares.
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 A estudante de medicina Lúcia Maria de Souza, que deu exemplo de patriotismo ao ser covardemente metralhada por Curió.
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Lucena afirmou ter visto 15 execuções de guerrilheiros do PC do B no Araguaia, entre elas, a morte de uma jovem identificada por ele como ‘Sônia’, que foi assassinada pelo hoje major reformado do Exército e também torturador Sebastião Curió. Quanto à  Sônia, Lucena está se referindo a Lúcia Maria de Souza, estudante de medicina do RJ que chegou a prestar serviços médicos aos habitantes do Araguaia e a fazer partos.
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Emboscada por uma patrulha do Exército em outubro/1973, quando estava em curso o extermínio de todos os guerrilheiros localizados, levou tiros mas, sem que os militares percebessem, tombou em cima de sua arma.

Ao perguntarem seu nome, ela deu a resposta célebre: “Guerrilheira não tem nome, seu filho da puta, eu luto pela liberdade!”.

E, puxando o revolver de sob o corpo, atirou neles, atingindo no braço o (então) major Lício Maciel e  na barriga o capitão torturador Sebastião Curió.

Foi em seguida metralhada por Curió e seu corpo, abandonado insepulto na mata.
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