Aécio Neves dá Entrevista Ôca ao Estadão
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O PSDB
teria adotado a estratégia correta, de definir um nome para as próximas
eleições e apostar antecipadamente todas as fichas nele, não fosse um detalhe:
o nome escolhido, Aécio Neves, não está pronto.
A
entrevista ao Estadão é reveladora. Aécio não é portador de novas ideias, nova
visão de país. Seu discurso é oco, um amontoado de clichês sem ideias mais
elaboradas. Parece mais um garotão contando prosa do que um candidato a
estadista.
Não
conseguiu avançar além de nenhum dos clichês de campanha. Fala do legado de
FHC, a fantasia das reformas (todo político vazio defende reformas genéricas,
sem especificar conteúdo), critica o aparelhamento da máquina.
São
declarações frutos de pesquisa de opinião. Só que a pesquisa olha o passado, o
bordão que o eleitor conhece e da forma mais simplificada possível. As
pesquisas não se baseiam em visões estruturadas de nada. Colhem apenas frases
soltas. Cabe ao estudioso recolher as frases soltas e desenhar um todo lógico.
Ao Estadista, cabe ir muito além da percepção atual dos eleitores.
Aécio
se limita a repetir as frases escolhidas pela pesquisa. Ou seja, não chega
sequer ao primeiro estágio, de elaborar um modelo sobre o presente. Menos ainda
se mostra capaz de descortinar o futuro.
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