Deputado Marcelo Freixo Deixa o Brasil Para Não Ser Assassinado.
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Os anos
vão passando e a sociedade brasileira vai incorporando o crime violentamente organizado
aos fatos prosaicos do nosso dia a dia. Os destemidos - como a juiza Patrícia
Acioli - tombam em via pública
perfurados como tábua de pirulito, fazendo a hora do que já estava anunciado há
meses. Como uma “onda” em campo de futebol, a mídia e a sociedade se erguem e
logo se aquietam, cedendo a primeira página e o primeiro comentário do dia com
o amigo, ao câncer inesperado, ou ao fato da Rede Globo haver ignorado a
participação do Brasil no Panamericano.
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O
Deputado Marcelo Freixo – PSOL -, segundo mais votado em 2010 no Estado do Rio,
e que faz parte do pequeno grupo de políticos que ainda gera alguma credibilidade
junto aos cidadãos brasileiros e empresta um mínimo de dignidade a essa classe
de malfeitores espalhada pelas Câmaras de Vereadores, Prefeituras, Governos
Estaduais e Distrital, Assembléias Legislativas e Congresso Nacional, está de
malas prontas para a velha e falida Europa, a convite da Anistia Internacional,
para refugiar-se com toda sua família
por tempo indeterminado.
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Freixo
tem recebido diversas ameaças de morte por parte de milicianos, e só no mês de
outubro passado, foram detectados sete planos para calar sua corajosa voz sob o
som atroador de dezenas de balas de pistolas e fuzis de milicianos.
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Segundo o
próprio Freixo, os planos assassinos partem de criminosos já conhecidos das
autoridades, como o miliciano Carlos Ary Ribeiro, o Carlão, que fugiu do
Batalhão Especial Prisional em setembro, e receberia R$ 400 mil do criminoso
Toni Ângelo para matá-lo.
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Ora, não
me venham dizer que a parte podre da polícia fluminense não está por trás
desses planos, bem como da dificuldade em erradicar os milicianos das favelas
cariocas e outras “tocas” espalhadas pelo Estado.
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Isso
seria, a princípio, apenas vergonhoso para a imagem do país, que se vê na
impossibilidade de proteger um dos principais combatentes ao crime organizado
na cena política nacional, não fosse a certeza de que tal fato decorre
exclusivamente em função de interesses de bandidos de terno e gravata blindados
pela famigerada imunidade parlamentar. E isto deixa de ser apenas mais um fato
repugnante, e exsurge assustador por revelar definitivamente
a entronização da corrupção na política de segurança pública do Rio de Janeiro.
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Enquanto
Freixo segue para o exílio forçado, milicianos que trabalham a mando e sob os
cuidados de políticos fluminenses se fortalessem ainda mais, e seguem dominando
bairros e comunidades inteiras da Zona Oeste da cidade, numa microrreprodução
do que ocorre em países como a Colômbia, onde as Farc e grupos paramilitares
dominam grandes regiões nacionais – as quais não têm representatividade
política oficial.
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O projeto
das Unidades de Polícia Pacificadora – UPPs – implantado pelo governo de Cabral
no estado do Rio torna-se inócuo à medida em que se faz vista grossa para o
crescimento dessas milícias na cidade, e já se espalham por 11 dos estados
brasileiros, os quais registram a atuação desses grupos paramilitares armados e
chefiados por agentes públicos da área de segurança… Alerta geral então ao
Governo Federal.
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Todos nós
sabemos que é mais fácil e mais lucrativo politicamente agir energicamente
contra os pretos armados do que contra os amigos e colegas fardados, até porque
estes costumam obter maior apoio nas comunidades por darem a falsa impressão de
que estão protegendo os moradores, quando na verdade, estão ali só para
explorá-los.
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Enquanto
isso, a Grande Mídia segue anestesiando a população, noticiando prisões dos
chamados “chefes do tráfico”, como o Polegar, recentemente capturado no
Paraguai. Rios de dinheiro são gastos em operações espetaculares de captura,
transporte e prisão desses indivíduos em penitenciárias de segurança máxima.
Personagens que não são mais do que coadjuvantes num esquema que envolve
grandes empresários, políticos e agentes de segurança nos âmbitos nacional e
internacional.
Lá se foi
Freixo, protegido por uma entidade internacional, antes de tombar e virar
estatística.
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Uma
vergonha para o Estado do Rio e para o Brasil.
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