"Indignados" Obtêm Ordem Judicial e Continuam Acampados em Nova York


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O "castelo" começa a ruir. Agora são eles contre eles mesmos.
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O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou hoje, terça-feira (15) que manterá a praça de Manhattan de onde foram desalojados os integrantes do movimento "Occupy Wall Street" fechada enquanto estuda uma ordem judicial que determina que os manifestantes voltem a acampar no local.


Bloomberg, que afirmou que ele próprio instruiu a polícia a executar o despejo da praça Zuccotti, explicou que espera se informar melhor a respeito dos detalhes da ordem judicial para poder reabrir o lugar, momento no qual os "indignados" poderão voltar, mas, já adianta: "sem barracas, nem sacos de dormir".

Hoje mesmo os representantes legais dos manifestantes conseguiram uma ordem judicial que os permite retornar à praça com seus pertences até que seja realizada uma audiência para avaliar o caso.

"A decisão foi minha", declarou o prefeito nesta terça-feira, em uma entrevista concedida ao lado do chefe da polícia de Nova York, Raymond Kelly, que contabilizou em cerca de 200 o número de detidos na madrugada durante a evacuação do local no qual afirmou que os manifestantes estavam "violando a lei".

Bloomberg explicou que decidiu esvaziar a praça porque estava se transformando "em um lugar no qual as pessoas não iam para protestar, mas para violar as leis e, em alguns casos, para prejudicar outras pessoas", já que "alguns comerciantes tinham recebido ameaças" e os vizinhos temiam "por sua qualidade de vida".

O prefeito de Nova York declarou que as leis da cidade e o regulamento do Zuccotti Park indicam que o espaço tem que estar aberto 24 horas por dia "para o desfrute passivo do público", algo que era impossível desde o início do acampamento do Occupy Wall Street, há dois meses.

Acampamento

Os manifestantes montaram o acampamento no parque Zuccotti em 17 de setembro para protestar contra o sistema financeiro, o desemprego e a fome que começa a se alastrar pelo país. Segundo eles, o sistema vigente não tem nada de democrático, pois só beneficia as corporações e os ricos. O movimento tem inspirado protestos semelhantes contra a desigualdade econômica em quase todas as cidades norte americanas, e em alguns casos resultaram em violentos confrontos com a polícia.

Manifestantes prometeram que a expulsão do parque que se tornou o epicentro do movimento não os deteria e algumas centenas de pessoas se reuniram em outra praça de Manhattan.

A polícia formou barricadas nas ruas ao redor do parque, que foi iluminado com holofotes. A operação começou à 1h (horário local) e os últimos manifestantes haviam sido expulsos aproximadamente às 4h15. Autoridades varreram o parque e retiraram grandes quantidades de entulho.

Policiais usaram alto-falantes para dizer aos manifestantes que eles seriam presos se não deixassem o local. "Eles nos deram cerca de 20 minutos para arrumar nossas coisas", disse o manifestante Sam Wood enquanto o despejo estava acontecendo. "É um processo doloroso de se assistir, eles estão fazendo uma varredura no parque."

Browne disse que a cidade e os donos do parque, a corporação imobiliária Brookfield Office Properties, distribuiu panfletos aos manifestantes dizendo que o parque seria limpado pouco depois da 1 hora.

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