Geraldo Alckmin Vira as Costas Para Moradores do Pinheirinho






Na rua...


Nesse último domingo – 22 de janeiro de 2012 – o país amanheceu estarrecido frente a imagens de brutalidade patrocinadas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, que invadiu o Pinheirinho com truculência nunca vista para cumprir mandado de reintegração de posse da área de 1.300 milhão de metros quadrados ocupada por seis mil pessoas há quase dez anos.

A ação surpreendeu a todos, inclusive o Governo Federal, que contava com uma saída negociada para a questão, com mediação do governador Geraldo Alckmin. “Ficamos sabendo hoje – domingo 22. A informação que eu tinha até ontem era que a Justiça Federal havia sustado a decisão de reintegrar a posse. Antes disso, havia um acordo para adiar por um prazo de quinze dias com o juiz da massa falida da companhia Selecta, do empresário (sic) Naji Nahas. Aí hoje ficamos sabendo dessa situação. Assim que eu soube falei com o governador e com o presidente do tribunal.” Declarou o ministro José Eduardo Cardozo.

O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou ter estranhado o fato de o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury do PSDB, ter desmarcado uma reunião sobre a ocupação na quinta-feira passada, dia 19.

Já o deputado Paulo Teixeira do PT que esteve presente juntamente com Eduardo Suplilcy e Protógenes Queiroz, criticou o governo estadual comandado pelo tucano Geraldo Alckmin. “Ele se omitiu dessa situação. É uma ação que poderia ter sido evitada porque é uma disputa em torno de habitação.” Afirmou.

O terreno, localizado em São José dos Campos, a 87 Km de São Paulo, é ocupado por essas famílias há quase dez anos. Apesar de os moradores terem se preparado para resistir à desocupação, nada pôde ser feito frente a ação surpresa da truculenta polícia do governo do estado e da prefeitura, que chegaram ao local antes das seis horas da manhã.

A polícia de Alckmin invadiu o local para expulsar as famílias do Pinheirinho com Helicópteros, carros blindados, 2.000 policiais, 220 viaturas, 100 cavalos, 40 cães treinados para morder, e trezentos agentes da prefeitura, deixando um rastro de dor, destruição e desolação no local.

Tratores enviados pela prefeitura destruíram em minutos a Capela Madre Tereza de Calcutá, construída pelos moradores. Também foi destruído logo no início da ação o barracão onde aconteciam as reuniões, festas e assembleias da comunidade. O objetivo claro era demolir imediatamente – antes que alguma nova decisão judicial os impedisse – as mais de 2.000 casas erguidas no local.




Além do efeito surpresa aos moradores, o poder público chefiado por Alckmin, fez questão de mostrar como lida com as classes menos favorecidas. As duas tendas que foram armadas para amontoar os moradores se encontram em condições precárias – de acordo com descrição da Folha de São Paulo – enlameadas, no local havia apenas algumas cadeiras, poucos banheiros químicos, mas nenhum colchão, cobertor, alimento e sequer água ou remédio.

O ajudante de pedreiro Valdir Washington Castor Furtado, de 32 anos, ferido a bala durante a ação, poderá ficar paraplégico. Segundo relato da mãe do Furtado, Rejane (também) Furtado da Silva, no momento em que foi baleado, ele tinha acabado de sair do Pinheirinho e carregava o filho de 10 meses no colo.

Segundo médicos que o atenderam fora do local, ele deve mesmo ficar paraplégico. “Até agora o meu filho não está sentindo as pernas. É muita desgraça. A esposa dele, que viu tudo, está em estado de choque.” Disse dona Rejane, que é categórica ao afirmar que a bala partir da Guarda Municipal.

Na última quarta-feira 18, à noite, houve um acordo entre a massa falida da empresa e os moradores do Pinheirinho. Foi acordado que haveria uma trégua de 15 dias, para um entendimento entre as partes envolvidas.



A questão dessa reintegração esteve envolta em uma disputa das competências entre  magistrados estaduais e federais. No domingo 22 estavam em vigor duas determinações: a justiça estadual determinava a desocupação da área, enquanto a federal ordenava que nada fosse feito. Apenas à noite, após a operação de despejo, é que o Superior Tribunal de Justiça emitiu uma decisão liminar, dizendo que a competência sobre a permissão de reintegração de posse era da justiça estadual.

A justiça federal envolveu-se na questão porque há um projeto do Governo Federal para urbanizar a área, o que deve ter provocado o desinteresse de Geraldo Alckmin em intervir para proteger aquelas famílias em risco.



A posse daquela área tem origem num crime hediondo, uma chacina.


Morava ali, num casarão, uma família alemã, que foi toda assassinada e nunca se descobriu quem mandou executar a chacina. Prenderam três menores, mas não os mandantes.


O então governador de São Paulo, Paulo Egydio mandou desapropriar.

Parece esquisito – diz  o Deputado Federal Protógenes Queiroz – desapropriar  o que, de direito, era seu, pois não havia herdeiros na família alemã.

Aí, apareceu um “comprador” para área e o Estado de São Paulo vendeu.


E o comprador do que pertencia ao Estado “vendeu” a Naji Nahas.


É uma área que deve valer, por baixo, uns R$ 200 milhões.







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