Cineasta que Criticou Washington é Perseguida em Aeroportos Norte Americanos
A americana Laura Poitras, autora do documentário "The Oath", lançado em 2010 e candidato ao Oscar, é perseguida em aeroportos por criticar Washington. Desde o 11 de setembro, leis de exceção dão carta branca para agentes vasculharem bagagens e confiscarem bens.
Após os atentados terroristas de setembro de 2001, o
governo dos Estados Unidos criou uma serie de leis que autorizam a intromissão
do Estado na vida privada dos cidadãos. Desde então, é cada vez maior o número
de norte-americanos que viajam ao exterior e que ao retornar são detidos nos
aeroportos, onde têm suas bagagens revistadas, e o conteúdo de computadores e
celulares – e-mails, textos, vídeos e fotografias - é checado e copiado.
E não há a quem reclamar. As leis de exceção autorizam os funcionários do
Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) a fazer vistorias,
mesmo sem autorização judicial, e o cidadão não tem qualquer possibilidade de
pedir explicações. Ou seja, é como se desde o 11 de setembro a quarta emenda –
que garante os direitos à intimidade e privacidade - tivesse desaparecido da
Constituição norte-americana.
O documentário de Laura fala sobre os acusados pelos ataques de 11 de setembro
e foi aclamado no Sundance Festival, além de ter sido indicado ao Oscar. Depois
dele, Laura está entre dezenas de artistas perseguidos pela paranoia, soberba e
preconceito americanos.
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