Cachoeira. E o Gangster Nos Fez a Todos de Palhaços









O deboche. É assim, mirando o invisível, que o advogado MárcioThomaz Bastos lida com  a palavra dignidade.




Esse bandido fez o que todos os outros deveriam estar fazendo. Pra que trocar bala com a polícia se você pode se associar à metade do Congresso Nacional e a parte da imprensa para cometer os mais espetaculares crimes contra a Pátria e ser tratado por todos, precavidamente e carinhosamente, como “o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira”. Hoje, terça-feira (22), não respondeu a nenhuma das perguntas dos parlamentares na reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga suas relações com agentes públicos e privados. Ele declarou que, por orientação do advogado Márcio Thomaz Bastos, dará sua versão das acusações das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, depois de sua audiência na Justiça. "Depois, podem me chamar que eu irei falar", disse.

Aonde um advogado manda sua dignidade para tentar mostrar a todos que esse crápula é inocente? Para sua casa, habitar com sua esposa e filhos? Não sei. Repugna-me sabê-lo.

Os parlamentares se queixaram do silêncio, criticando o desrespeito de Cachoeira à CPMI, mas aproveitaram todo o tempo disponível para as perguntas que se tornavam discursos de acordo com os interesses políticos. Outros se escondiam com o rabo entre as pernas, gélidos, vendo a hora o bandido começar a falar e o nome dele ecoar esplanada afora.

Os governistas se concentraram nas denúncias contra o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), envolvidos nas denúncias do esquema.


Entre as perguntas, vários parlamentares se manifestaram favorável à suspensão da reunião. O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), membro da CPMI , destacou que diante do silêncio de Cachoeira, que era um direito constitucional dele, a comissão deveria se voltar em busca de informações nas provas documentais.

Os parlamentares que sugeriram a suspensão da sessão, alertaram para o fato de a CPMI estar preparando Cachoeira para o próximo depoimento, que eles pretendiam votar , ao adiantar as perguntas . O líder do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), propôs que a CPMI pedisse à Justiça todo o conteúdo do depoimento dele no Judiciário.

O relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), o primeiro a falar, fez uma série de perguntas, não respondidas por Cachoeira. Ele também concordou que a reunião não estava surtindo o efeito desejado que era de fazer a investigação seguir em frente e pediu que fosse votado requerimento para reconvocá-lo após o depoimento na Justiça. 

“Vamos buscar outros instrumentos de investigação, os discursos infindáveis não vão colaborar com as investigações, e reconvocá-lo entre os dias 31 de maio e 1º de junho”, sugeriu Cunha. 

Até que o requerimento, solicitando a suspensão da reunião, fosse votado, a lista de inscrição foi cumprida. Da lista de inscrição fez parte primeiro os autores do requerimento de convocação de Cachoeira, que tinham tempo livre para falar; depois os membros titulares da CPMI, os suplentes e depois os não-membros. Os líderes dos partidos também podiam usar o tempo de três minutos para falar, embora não pudessem fazer perguntas. O requerimento suspendendo a reunião foi aprovado às 16h30min, quando ainda tinham 39 parlamentares inscritos para falar.





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