Os Filhos Meus, e os Filhos dos Meus Filhos







Aos meus netos Beatriz e Gabriel que acabaram de nascer, para se juntar a Maria Eduarda, Maria Luíza, Maria Clara e Guilherme.



Uma mulher que carregava o filho nos braços disse: "Fala-nos dos filhos."




E ele falou:


Vossos filhos não são vossos filhos.

São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.

Vêm através de vós, mas não de vós.

E embora vivam convosco, não vos pertencem.

Podeis dar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,

Porque eles têm seus próprios pensamentos.

Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;

Pois suas almas moram na mansão do amanhã,

Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.

Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis

fazê-los como vós,

Porque a vida não anda para trás e não se demora com os

dias passados.

Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados



como flechas vivas.

O arqueiro mira o alvo na direção do infinito e vos estica

com toda a sua força

Para que suas flechas se projetem rápidas e para longe.

Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa

alegria:

Pois assim como ele ama a flecha que voa,

Ama também o arco que permanece estável.


Do livro "O Profeta" de Gibrhan Kalil Gibrhan, que presenteei ao meu filho Raphael, pai de Beatriz e Gabriel, nos primeiros anos da sua adolescência.





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