Torturadores Começam a Ser Esculachados










Hoje, terça-feira 19, a Articulação Nacional pela Memória, Verdade e Justiça junto a movimentos estudantis e à Via Campesina, presentes na Cúpula dos Povos, realizam mais um esculacho na casa do ex-torturador da ditadura militar Dulene Aleixo Garcez dos Reis.

A marcha saiu às Nove horas da manhã da Urca e foi até a casa do ex-torturador, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde se escondia confortavelmente até aser descoberto e esculachado.

Dulene foi capitão da Infantaria do Exército em 1970 e no ano seguinte sserviu no Batalhão de Infantaria Blindade de Barra Mansa. No dia 17 de janeiro de 1970, Dulene participou da tortura ao jornalista e secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, Mario Alves.

 Mario Alves foi morto dentro do 1º Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca, endereço onde funcionava o DOI-Codi. Segundo a revista Carta Capital de março de 2008, Mário Alves foi submetido a uma sessão de torturas que terminou com sua morte. Alves foi torturado por um cassetete de madeira com estrias de ferro, o que causou hemorragia interna, perfuração dos intestinos e a conseqüente morte do jornalista.

Já Dulene vive (ou se esconde) atualmente num confortável apartamento na região nobre de Botafogo na Zona Sul do Rio de Janeiro, na Rua Lauro Miller, 96.

A ação conhecida como esculacho visa denunciar ex-agentes que participaram direta ou indiretamente da ditadura militar brasileira e demonstrar que continuam levando suas vidas normalmente, sem que tenham passado por algum processo de julgamento sobre seus terríveis atos.

Alguns mudaram até de sobrenome e vivem em trânsito entre academias de letras insignificantes, de cidades desconhecidas, na tentativa de não serem identificados e esculachados. Mas o dia deles também chegará, e será um festão.




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