Mensalão Tucano – Começa o Desespero
por Sergio Lirio, na Carta Capital
QUEM ACUSA TEM QUE PROVAR
Leio por aí que o Ministério Público de Minas Gerais
acusa CartaCapital de forjar documentos do processo do “mensalão
tucano”. Repito: a revista teria sido acusada pelo MP mineiro de criar e
publicar papéis falsos de uma ação judicial, segundo os relatos na internet. O
autor de acusação tão grave terá de provar em juízo suas palavras.
Aos sites que se apressam em reproduzir a “informação”
sem ouvir a revista, lembro queCartaCapital não publica fichas policiais
nem documentos falsos, não acusa sem provas, não transforma bandidos em heróis
da pátria, não se associa a meliantes da estirpe de Carlinhos Cachoeira nem
recorre aos serviços de arapongas (que se converteram nos verdadeiros
“repórteres investigativos” de Brasília). Não fazemos parte deste clube e é
patético o afã de tentar nos misturar a esta gente. O jornalismo de esgoto
corre por outras bandas.
Quanto ao processo do “mensalão tucano”, a exemplo do
episódio da famosa Lista de Furnas, mais uma vez fica claro o poder de quem se
esforça para desmoralizá-lo. E, desta feita, impressiona a participação do MP
mineiro nesta empreitada. A Lista de Furnas também foi descrita como falsa. Até
hoje, aliás, o ex-governador e deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB) usa este
argumento (a de que a lista foi forjada) para responder a textos que descrevem
como o valerioduto funcionava em seu quintal. Parte da mídia “isenta e
independente” repete a tese de Azeredo para ver se cola. Mas uma perícia do
Instituto de Criminalística da Polícia Federal comprovou que a lista não foi
adulterada e que as assinaturas são verdadeiras.
A reportagem de Leandro Fortes, como de hábito, baseou-se
em documentos obtidos com fontes seguras, participantes ativos do esquema que
serviu de laboratório para a tecnologia de caixa 2 desenvolvida pelo
publicitário Marcos Valério de Souza e mais tarde adotada pelo PT. Estamos
absolutamente tranquilos.
Para refrescar a memória dos leitores, reproduzimos a
seguir a reportagem publicada na edição número 723, de 11 de novembro de 2012.
Leia clicando AQUI.
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