Com Medo do "Manchetômetro" JN Desmantela Aécio ao Vivo.
O aeroporto de Cláudio é um inferno na
vida de Aécio.
Foi o que se viu
hoje, mais uma vez, na entrevista que ele concedeu ao Jornal Nacional.
Aécio não tem explicação porque ela,
simplesmente, não existe. O aeroporto foi um uso abjeto de dinheiro público
para benefícios privados da família. Como escreveu Machado, alegrias
particulares são bem mais satisfatórias que alegrias públicas.
Ele se agarra desesperadamente à desculpa
de que seu erro foi ter usado um aeroporto não homologado pela ANAC, a agência
que regula a vida área nacional.
E aproveita para dizer que a ANAC foi
incompetente ao demorar para a homologação porque está “aparelhada” pelo PT.
Não, não e ainda não.
O problema não é burocrático, e sim ético
e moral. Aécio usou o aeroporto de Cláudio porque facilita substancialmente
suas viagens para seu “Palácio de Versalhes”. É como ele se refere à sua
fazenda em Cláudio, a 6 km
do aeroporto.
Não é só isso. Existe também o ponto da
valorização das terras da região por conta do aeroporto.
Isso beneficia Aécio diretamente, e a sua
família.
Ele invoca em sua defesa a desapropriação
litigiosa de parte da fazenda do tio para a construção do aeroporto.
O tio quer mais na justiça do que Minas
deseja pagar. Na fala treinada de Aécio, o tio aparece quase como uma vítima.
Mas um momento. E a valorização do
restante da fazenda?
Bonner perguntou isso, no melhor momento
da entrevista do Jornal Nacional.
Aécio tergiversou. Respondeu com a
metragem da fazenda: 30 alqueires. Ora, 30 alqueires podem valer x ou, alguns
x, caso um benefício como um aeroporto irrompa na região.
Aécio também sofreu para responder a uma
pergunta de Patrícia Poeta sobre o desenvolvimento social de Minas.
O IDH de Minas é o pior do Sudeste. Era o
oitavo do Brasil, e agora é o nono.
E então, onde os avanços sociais tão
trombeteados?
Nova tergiversação.
Aécio falou, como sempre tem falado, no
suposto avanço em educação.
Agora que os brasileiros vão conhecendo-o
melhor, vai ficando clara a semelhança entre ele e Maluf na compulsão cínica em
responder a perguntas de uma forma peculiar em que você vai falando coisas que
nada têm a ver com a questão.
Aécio tem agradecido aos entrevistadores
quando indagam sobre o aeroporto. Fez isso na sabatina do G1 e voltou a fazer
no Jornal Nacional.
Mas é um agradecimento tão fajuto quanto
suas explicações para a aberração que é o aeroporto de Cláudio.
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