Levy Fidelix: homofobia bancada com dinheiro público
Eduardo Jorge - PV
“Eduardo Jorge mitou com esse tuíte”,
escreveu alguém no Twitter.
Mitou mesmo.
As palavras brutalmente homofóbicas de
Levy Fidelix no debate da Record ainda estavam sendo digeridas por pessoas
perplexas quando Eduardo Jorge se manifestou no Twitter.
“Ainda chocado com as declarações do
Levy”.
Ele encampara, com um retuite, a reação
de uma conta que o homenageia com seu nome. Depois, já em sua própria conta,
emendou: “Hoje vocês viram o quanto é necessária uma legislação que criminalize
a homo/lesbo/transfobia, equiparando-as aos crimes de racismo, né?”
Em 90 segundos, Fidelix construiu uma das
mais abomináveis declarações sobre a questão gay. Foi miseravelmente baixo ao
dizer que o aparelho excretor não reproduz, e desceu ainda mais na infâmia ao
afirmar que as pessoas com esse “problema” devem se tratar, “mas bem longe da
gente”.
Neste momento em que escrevo, aos 52
minutos da segunda-feira, a indignação de EJ já havia sido retuitada 1 677
vezes.
A imediata resposta de EJ foi um dos
melhores momentos da campanha eleitoral que se aproxima do fim.
Vai entrar para a história das eleições
de 2014 como o momento em que o país, confrontado com a homofobia tonitruante
de um parasita da política, disse chega.
Criminalizar a homofobia é imperativo.
Num futuro breve, manifestações de ódio como a de Fidelix poderão e deverão
levar à cadeia.
Eduardo Jorge teve uma noite
particularmente apagada no debate da Record.
Seu estoque de gracinhas parecia ter
acabado. E ele falou tolices: conseguiu criticar a vinda de médicos cubanos
para o Brasil. Chamou-os de “escravos”.
Mas ali, ao reagir aos impropérios de
Fidelix, ele se redimiu amplamente da má jornada.
No debate da CNBB, Luciana Genro é quem
mitara ao desmascarar a impostura moralista de Aécio Neves ao falar de corrupção
fingindo, demagogicamente, que seu partido tem um comportamento virginal na
ética.
Neste debate da Record, Eduardo Jorge
mitou com um tuíte que representa a indignação não de uma comunidade
específica, a LGBT – mas de toda uma sociedade que já se cansou de tanta
violência e tanta intolerância por uma simples questão de orientação sexual.
Na crônica da campanha de 2014, o pequeno
candidato Eduardo Jorge teve um momento de gigante.
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