Precisamos de Emoção, Marina... É dela que se faz a Consciência
Um anjo
O debate que se trava nesta
campanha eleitoral não faz sentido.
De um lado,o discurso racional. Os resultados econômicos são bons; o
êxito social, espetacular; as perspectivas, de estabilidade em curto prazo e
sucesso adiante. Cuida-se de provar e comprovar isso.
Do outro, as formas e narrativas apontam para o imaginário. Arquétipos
da cultura: a mão da Providência movendo a História; o Inesperado, a Fada e a
Bruxa. A Verdade revelada a que os fiéis têm que adaptar a realidade.
Esse espaço mágico ocupa o vazio da informação. Nele, tudo parece se
esclarecer: se eu pago, recebo; recebi porque paguei; não recebi porque ainda
não paguei o bastante. A vida melhorou porque Deus quis e Deus está à venda na
igreja da esquina.
Aos ouvidos dos imersos nessa magia semiológica , a fala enrolada da
Santa é tão incompreensível quando o didatismo possível do Sábio. Não só porque
faltou escola, mas, principalmente, porque faltou emoção – e a consciência se
faz da emoção. Política é adesão consciente que logo se transforma em paixão.
Os gestores do simbólico sabem disso que os homens práticos ignoram.
Têm um espólio gigantesco a abocanhar e foram competentes em seu último lance
nesta jogada.
O golpe foi dado. Resta saber se ele se completa.
Comentários
Postar um comentário
comentário no blogspot