AERONÁUTICA: FALHA HUMANA CAUSOU ACIDENTE DE CAMPOS
Investigação aponta sequência de
erros cometidos pelo piloto Marcos Martins como a causa da queda do jato Cessna
em Santos, matando parte da comitiva do então presidenciável Eduardo Campos
(PSB); relatório cita falta de treinamento, desentendimento entre os pilotos e
condições meteorológicas, que teriam causado a chamada “desorientação
espacial”; 'sem dono', legalidade do aparelho também é alvo da Polícia
Federal e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
As investigações da Aeronáutica sobre
o acidente que matou a comitiva do então presidenciável Eduardo Campos (PSB)
culparam falhas do piloto Marcos Martins.
O jato Cessna
transportava o ex-governador de Pernambuco e mais seis pessoas e caiu às 10h do dia 13 de agosto de 2014 , no
bairro do Boqueirão, em Santos, no litoral de São Paulo.
Segundo o
laudo, divulgado pela jornalista Eliane Cantanhêde, o primeiro erro de Martins
foi o de ter ignorado a rota determinada pelos manuais para o pouso na Base de
Santos, e ter tentado pousar direto, apelando para um “atalho”. Ao se ver
obrigado a abortar o pouso e arremeter, ele cometeu outras falhas pela falta de
treinamento, o que gerou a “desorientação espacial”.
O piloto
teria perdido a referência do avião em relação ao solo, caindo sobre as casas.
A conclusão foi tirada por ter acelerado, achando que estava em movimento de
subida, quando na verdade estava caindo, no momento em que o avião embicou num
ângulo de 70 graus e em potência máxima. O relatório cita ainda que a relação
entre os dois pilotos não era boa.
As falhas foram agravadas com as condições meteorológicas
difíceis (leia mais).
A Polícia
Federal e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também investigam a
situação legal do jatinho. Sem seguro e com equipamentos fora de funcionamento,
avião ainda pertencia à fabricante/vendedora Cessna Finance Export Corporation,
mas era operado por grupo usineiro com sede em Ribeirão Preto.
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