Sonegômetro no Brasil: Por ano, mais de R$ 500 bi vão para o ralo
(...)
Transitando com desenvoltura nesse
mar de insensatez, sonegadores e corruptos seguem curtindo o sol e o céu da
impunidade. Sim, pois à exceção de casos midiáticos como as operações Lava Jato
e Zelotes, envolvendo acordos de delação premiada, nenhuma medida efetiva tem
sido tomada para a estancar a sangria da sonegação.
Para ficar bem claro, é importante ressaltar que dos 500
bilhões sonegados em 2014, mais de R$ 400 bilhões passaram por operações
sofisticadas de lavagem de dinheiro. Isso representa 3546 vezes o valor
declarado do Mensalão (R$141 milhões); 240 vezes o custo da operação Lava-Jato
(R$2,1 bilhões) e 26 vezes o que até agora se descobriu na operação Zelotes
(até agora avaliado em R$19 bilhões) .
E
o rombo poderia ser ainda maior, não fosse o trabalho diuturno dos Procuradores
da Fazenda Nacional (PFNs), que somente nos últimos quatro anos evitaram a
perda de mais de R$1 trilhão em contestações tributárias e arrecadaram mais de
R$ 60 bilhões em créditos inscritos na dívida Ativa da União. Isto, apesar do
quadro de desvalorização da Carreira e de sucateamento estrutural da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
Vale
dizer que estamos diante de uma batalha bastante desigual, onde um único PFN,
sem carreira de apoio, atua em processos complexos envolvendo grandes
devedores, normalmente defendidos pelas maiores bancas de advogados do país.
(...)
O
Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (SINPROFAZ) entende que
a defesa dos interesses da Carreira de PFN se confunde com a defesa da Justiça
Fiscal. Por isso segue em frente promovendo campanhas de conscientização
tributária, apresentando o painel Sonegômetro e a Lavanderia Brasil, denunciando,
criticando e ampliando o debate por um sistema tributário mais justo para
todos.
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