A PROVA: FHC SABIA DA COMISSÃO DE 15 MILHÕES NA VENDA DA VALE
O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito,
extraído do Tijolaço:
A capa da Veja aí de cima é, evidente, uma montagem. A reprodução,
ao lado, não.
Está na edição da revista de 8 de maio de 2002.
A capa sequer
menciona o nome de Fernando Henrique, mesmo que a revista contenha a denúncia
não de um “bandido profissional” (copyright Sérgio Moro, sobre Alberto
Youssef), mas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro do próprio FHC.
E não apenas por ele, mas também por Paulo Renato de Souza, então ministro da
Educação, morto em 2011.
A memória implacável de meu bom amigo Apio Gomes – e seus arquivos igualmente
impiedosos – chegam-me por e-mail sobre esta exploração sobre o fato de ter
havido um encontro, no dia 31 de janeiro de 2006, entre Lula, na
Presidência, e Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento, em companhia do
então presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli e outras pessoas estar
sendo tratada como “indício” de envolvimento do ex-presidente com as
malfeitorias do ex-diretor.
É assim: quando se quer, a afirmação “passa batido” e vai para o “pé” da
matéria; quando convém, uma mera suposição vira manchete.
O “caso” atual foi “levantado” pelo Estadão com “base” num relatório de
auditoria da Petrobras que simplesmente listou, nada mais, as
viagens de diretores da empresa e outros funcionários no período que antecedeu
a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.
O que basta para o ex-vetusto jornal paulista dissesse que a ida de Costa a
Brasília”indica” que foi tratar com Lula sobre Pasadena.
Até porque o Estadão sabe que Gabrielli estava no dia apontado como o sendo o
da reuniãoe se Lula fosse participar do que não devia não iria fazer isso numa
“assembleia”.
O Estadão deixa de lado que tinha acabado de estourar a crise com a Bolívia,
por conta das refinarias da Petrobras, que o presidente da petroleira
estatal de petróleo boliviana, Eduardo Vardala, tinha anunciado, dias antes,
que “pretendia estatizar” numa entrevista à France Press.
As refinarias, como se sabe, são área da Diretoria de Abastecimento e,
portanto, na época, àquele cidadão, o que deveria ser considerado um possível
bom motivo para sua presença por lá, numa reunião com o Presidente, não é?
Para saber disso nem é preciso ter uma memória fantástica como a do amigo que
me enviou a Veja.
Basta ler no Estadão todas as informações que dei e que o jornal paulista não
deu, muito menos a revista dos Civita.
No Estadão do dia seguinte à tal “reunião reveladora”, 1° de fevereiro, que se
não tiverem por lá a gente tem aqui, capturado online e que pode ser vista e lida aqui.
Há motivos para uma reunião que não passam, necessariamente, sobre Pasadena.
Quando imprensa trabalha com vontades e não fatos, deixa de lado até o que ela
própria publicou.
Deveriam entronizar o Rubens Ricúpero e seu “o que é bom a gente mostra, o que
é ruim a gente esconde”.
Comentários
Postar um comentário
comentário no blogspot