MANDRAKES DO STF: PERFILEM-SE, VISTAM SUAS PATÉTICAS CAPAS E AJAM COM A DIGNIDADE QUE A NAÇÃO ESPERA
O Poder que deu o melhor de si para ficar desmoralizado perante a nação.
A primeira das 77 delações da Odebrecht deixa os ministros do
Supremo Tribunal Federal numa tremenda saia justa. Dias depois do conchavo com
Michel Temer, para salvar o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e também a
PEC 55 (que, segundo a ONU, ataca os pobres e fere direitos humanos), o Brasil
soube que o alto comando do Senado recebeu alguns milhões para aprovar leis em
benefício da Odebrecht.
É uma situação desmoralizante não apenas para o Legislativo, mas
também para o Judiciário, mas a suprema corte ainda tem uma saída honrosa:
julgar o mandado de segurança apresentado pelo advogado José Eduardo Cardozo,
que pede a anulação do golpe parlamentar de 2016.
Cardozo argumenta que houve desvio de finalidade no impeachment da
presidente Dilma Rousseff, uma vez que seus juízes – os deputados e senadores –
queriam apenas se salvar da Lava Jato e das delações premiadas, como a da
Odebrecht.
O objetivo real, como todos sabem, não julgar "pedaladas
fiscais", o pretexto usado para o golpe, mas sim "estancar a
sangria", como bem definiu o senador Romero Jucá (PMDB-RR), apontado como
um dos principais negociantes de leis do Congresso.
Diante de um impeachment fajuto que mancha a imagem do Brasil no
mundo, o STF tem agora uma escolha histórica: se associar ao golpe mandrake ou
resgatar a democracia e devolver o poder a Dilma, que já assumiu o compromisso
de chamar novas eleições presidenciais – como defendem 63% dos brasileiros.
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