NASSIF DECLARA APOIO À REELEIÇÃO DE DILMA
Luis Nassif - Porque apoio Dilma
Pela primeira vez
assinei um manifesto de apoio a um candidato a presidente, no caso Dilma
Rousseff.
As razões são as
seguintes.
Acredito em um
determinado modelo de desenvolvimento do país.
Pela linha
econômica de dois candidatos - Aécio e Marina - é impossível que seja
implementado em seu governo. No caso de Dilma, é possível que seja
implementado, mas não é garantido devido ao estilo de gestão adotado por ela no
primeiro governo.
Esse modelo passa
por algumas pernas:
1. Aprofundamento
da democracia social, com a criação cada vez mais ampla de canais de
participação da sociedade, através de conselhos, ampliando o escopo da
democracia digital, retomando os fóruns públicos de participação, sem que
implique em avançar nas atribuições dos demais poderes.
2. Entender a
inclusão como processo central do desenvolvimento, com suas vertentes social,
regional e empresarial.
3. O entendimento
do governo como uma confluência de tendências do país, procurando compor o
quadro de Ministros e Secretários com a diversidade das forças sociais e
econômicas existentes. Atrair para os quadros de governo as melhores lideranças
de cada setor econômico e social abrindo espaço para que tragam novas ideias e
experiências.
4. Para conferir
caráter democrático aos programas, submetê-los a modelos de consulta
interministerial e intersetorial, visando dar sinergia e visão sistêmica a cada
qual.
5. Aprofundar as
políticas setoriais, identificando setores prioritários e amparando com os
diversos mecanismos já existentes na economia. Prioridade para setores em que
haja ganhos de escala e aqueles ligados a políticas de bem estar (saúde,
educação, saneamento) e poder de compra do governo (pré-sal, Defesa).
6. Políticas fiscal
e cambial responsáveis, que garantam o financiamento dos programas sociais e
econômicos com total transparência.
7. Políticas de
estímulo fiscal e creditício amarradas a regras claras e previsíveis, acabando
com o voluntarismo que caracterizou a última gestão.
8. Reforma
responsável no modelo de metas inflacionárias e no custo de carregamento da
dívida pública, de maneira a reduzir o peso dos juros no orçamento público.
9. Radicalização da
Lei de Transparência através da criação de indicadores de eficácia e de estímulo
a organizações incumbidas de monitorar as ações públicas.
10. Mudanças no
modelo de grupos de mídia, visando trazer equilíbrio às diversas manifestações
no mercado de opiniões.
Muitas dessas
políticas já estão em curso. Várias foram planejadas pela própria Dilma,
enquanto Ministra e Presidente. Várias políticas públicas amadureceram nos
últimos anos, oferecendo um quadro inédito de possibilidades para a montagem de
programas de ação estratégicos.
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