No debate da Globo, o sutil recado de Dilma a Marina sobre corrupção: eu sei o que seus assessores fizeram no passado







Luciana Genro fez, no conjunto, a melhor apresentação no debate da TV Globo. O ponto alto foi quando massacrou, com argumentos, o candidato Levy Fidelix, quando ambos discutiram a união civil de homossexuais. Fidelix, aliás, também apanhou no tema de Eduardo Jorge, do PV, de tal forma que saiu completamente transtornado da discussão.

Fidelix, como se sabe, marcou o debate anterior, na TV Record, ao dizer grosseiramente que “o aparelho excretor não reproduz”.

Dilma Rousseff teve uma boa atuação, especialmente porque conseguiu conectar seu discurso com o que os telespectadores haviam visto, horas antes, no último programa eleitoral do PT. A ênfase do programa foi no convencimento dos eleitores de que Dilma, afinal, representa a “verdadeira mudança”. O marqueteiro petista conseguiu adiantar a ideia de que Dilma tem a experiência para mudar com segurança. O ex-presidente Lula apareceu duas vezes no programa. Numa delas, repetiu o discurso de que seu segundo mandato foi o melhor que o primeiro.

A presidente começou bem, se adiantando às críticas de oposicionistas sobre a corrupção. Discorreu sobre as medidas que tomará para combatê-la. Dilma não fugiu a confrontos. Quando teve a oportunidade, escolheu o enfrentamento direto com Marina Silva e Aécio Neves.

Emplacou um ponto importante ao dizer que, se os eleitores querem a continuação dos programas sociais — que os adversários Marina e Aécio prometeram continuar –, o melhor a fazer é reelegendo quem os concebeu.

O ponto alto de Dilma foi quando enfrentou Marina na questão da independência do Banco Central.  “Eu sugiro que a senhora leia o que está escrito em seu programa”, alfinetou a presidente, antes de descrever os prejuízos que o BC legalmente independente acarretaria.
Dos três candidatos com chances de ir ao segundo turno pelas pesquisas, Dilma Rousseff foi a melhor. No confronto direto com Aécio Neves, este conseguiu apresentar argumentos fortes quando falou sobre corrupção. Mas, ao lembrar os brasileiros de como foram os governos tucanos, Dilma Rousseff encaixou golpes dolorosos: 12,5% de desemprego e 45% de juros, por exemplo.

O debate na Globo reforçou: a possibilidade, ainda que remota, de Dilma vencer ainda no primeiro turno, conquistando a maioria dos votos dos indecisos; a possibilidade de que, havendo segundo turno, o adversário da presidente seja Aécio Neves.

Trocando em miúdos, Marina Silva — claramente abatida — foi a grande derrotada da noite.
Outro ponto alto de Dilma foi ao debater corrupção com Marina, quando lembrou que um Diretor do Ministério do Meio Ambiente chefiado por Marina foi demitido por Dilma ao ser acusado de malfeitos. Dilma e Marina serviram juntas sob Lula, uma convivência marcada por enfrentamentos e pontapés nada sutis na canela. Em outras palavras, a presidente mandou um recado: eu sei o que o seu pessoal de hoje fez no verão passado…


Marina não tinha mais direito a tréplica, mas ficou esbravejando na tribuna, apesar dos insistentes apelos do mediador.



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