Wikileaks revela manual da CIA para assassinatos políticos
Um manual secreto da Agência Central de
Inteligência (CIA) que define o assassinato político como forma de limitar a
ação de grupos insurgentes circula atualmente na internet, após ter sido
revelado pelo site Wikileaks.
O relatório secreto da agência de espionagem
estadounidense analisa diversas operações de assassinato em vários países,
principalmente contra líderes afegãos do Talibã, do grupo terrorista Al-Qaida e
das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Também
aparecem como possíveis pontos de ataque dirigentes do grupo libanês Hezbolá, a
Organização para a Libertação de Palestina (OLP), Hamas, o grupo guerrilheiro
peruano Sendero Luminoso, Os Tigres de Libertação do Tamil Eelam (LTTE), o
Exército Republicano Irlandês (IRA) e a Frente de Libertação Nacional de
Argélia (FLN).
A
publicação do Wikileaks chegou às redes sociais apenas dez dias depois que o
Comitê de Inteligência do Senado estadounidense tornasse público um polêmico
relatório secreto sobre o emprego da tortura em suas formas mais brutais contra
prisioneiros supostamente vinculados a ações terroristas.
O
manual revelado pelo Wikileaks data de 7 de julho de 2009 , seis meses depois de Leon
Panetta assumir a direção da CIA e pouco depois de que o agente John
Kiriakou – atualmente preso – denunciasse pela primeira vez a prática
de crueis torturas por parte de oficiais interrogadores.
Segundo
o Wikileaks, o relatório da CIA inclui estudos de casos no Afeganistão
(2001-2009), Argélia (1954-1962), Colômbia (2002-2009), Iraque (2004-2009),
Israel (de 1972 até meados dos anos 1990 e dos anos 1990 a 2009), Peru
(1980-1999), Irlanda do Norte (1969-1998) e Sri Lanka (1983-2009).
As
operações descritas no plano da CIA incluem: assassinatos políticos, sequestros,
remoção de lideranças, neutralização e marginalização de dirigentes
guerrilheiros.
Ademais,
encontram-se evidências sobre a participação da CIA na luta contra as
guerrilhas na Colômbia durante o mandato de Álvaro Uribe, através de ataques a
objetivos de alto valor combinando operações militares e de informação e
programas para provocar e tratar desertores.
Fonte:
Prensa Latina
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