LAVA JATO BATE NA PORTA DO GOVERNO DE BETO RICHA
Reportagem de Amanda Audi, no jornal
Gazeta do Povo, edição desta sexta-feira (17), afirma que o juiz Sérgio
Moro, da Operação Lava Jato, investiga negócios entre o ex-deputado André
Vargas (sem partido), preso há uma semana, com empresas e órgãos estaduais do
governo Beto Richa (PSDB).
Segundo
o jornal, uma força-tarefa do Ministério Público Federal está investigando se
algum político levou vantagem nos sete contratos firmados pela empresa usada
por Vargas, a tecnologia It7 Services, no valor de R$ 18 milhões, com Receita
Estadual do Paraná, a Celepar e a Compagás.
Foram
R$ 10,1 milhões pela Celepar, R$ 6,9 milhões pela Receita e R$ 459,8 mil pela
Compagás. A empresa também prestou outros serviços de TI, por valores menores.
De
acordo com a Gazeta, os contratos foram assinados entre 2012 e 2014 pelo então
secretário da Fazenda Luiz Carlos Hauly (PSDB), pela Receita; Jacson Carvalho
Leite, pela Celepar; e Stênio Jacob, hoje aliado do ex-governador Orlando
Pessuti, pela Compagás.
Resta
saber se o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, provará ao Brasil que não conduz uma
operação seletiva, antipetista, somente para prejudicar a presidenta Dilma
Rousseff. Ontem nas redes sociais, a hashtag '#ExplicaMoroPorqueSoPT' (Explica
Porque só o PT) liderou na maior parte do dia a "trend topics" do
Twitter no país.
O
envolvimento do governo Richa em mais esse escândalo da Lava Jato dá força para
a instalação da CPI da Corrupção na Assembleia Legislativa.
O
círculo próximo ao Palácio Iguaçu já enfrenta devassa do Gaeco (Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), braço policial do Ministério
Público do Paraná, que aponta crimes de agentes públicos em três frentes:
pedofilia, propina da Receita Estadual e fraudes em licitações do governo do
estado.
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