Janot analisa abertura de inquérito contra Aécio
A abertura de inquérito contra o senador Aécio
Neves (PSDB-MG) pelo fato de seu nome ter sido citado em esquema de propinas
pelo doleiro Alberto Youssef em depoimento de delação premiada na Operação Lava
Jato, aguarda decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Com base na documentação entregue a Janot por
deputados do PT de Minas Gerais, o procurador analisa a pertinência do pedido
de abertura de inquérito contra Aécio. Tais documentos comprovam a veracidade
do esquema de corrupção conhecido como Lista de Furnas.
Na lista,
cuja autenticidade foi comprovada por perícia da Polícia Federal solicitada
pelo deputado Rogério Correia, o ex-governador mineiro e seu partido, o PSDB,
aparecem como principais beneficiários de propinas da estatal hidrelétrica, ao
lado de Janene e seu partido.
Youssef
afirmou que o falecido deputado José Janene (PP) deu detalhes sobre a
“caixinha” de R$ 40 milhões que tivera de entregar a 156 políticos da oposição
(PSDB e DEM). Desse total, cerca de R$ 22 milhões foram para Aécio, José Serra
e Geraldo Alckmin, todos candidatos ao senado ou ao governo de São Paulo nas
eleições de 2002.
Para o
deputado Padre João, a discrição de Janot em ainda não apontar novos
investigados no caso se deve à fragilização a qual foi submetido nas últimas semanas.
Nesse período, segundo o parlamentar, houve grande resistência do PMDB, em
especial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, à recondução de Janot, por
mais dois anos de mandato, ao cargo de fiscalizador e defensor do Estado.
“Temos
confiança e esperança de que Janot vai aceitar o pedido”, declarou o deputado
federal Padre João (PT-MG).
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