Uma explicação para o surto de ‘golpismo midiático’ na América Latina
Do opera mundi:
O maior confronto enfrentado na América Latina atualmente é
“a batalha midiática”, desde pelo menos o ano de 2002, quando a tentativa
frustrada de derrubar Hugo Chávez na Venezuela deu início a um novo tipo de
golpe de Estado, o “golpe midiático”, transferindo aos meios de comunicação
privados o papel de partido político nas oposições aos governos da “guinada à
esquerda”.
A avaliação foi feita pelo jornalista e professor Ignacio Ramonet, ex-editor do
jornal Le Monde Diplomatique, na palestra de abertura do congresso “Comunicação
e Integração Latino-Americana”, realizado entre os dias 22 e 23 de julho em
Quito, capital do Equador.
Organizado pelo Ciespal (Centro Internacional de Estudos
Superiores da Comunicação para a América Latina), o evento comemorou os dez
anos de fundação da Telesur, canal multinacional de televisão mantido por
diversos governos da região. Fundada por iniciativa de Chávez três anos após o
golpe fracassado, a emissora nasceu com o papel de promover uma alternativa na
cobertura das notícias latino-americanas, feita por jornalistas e comunicadores
da própria região.
“Nos últimos 15 anos, todos os governos progressistas que
chegaram ao poder democraticamente na região vêm sendo mantidos por via
eleitoral. Nenhum deles foi derrotado nas urnas. Por isso, a resistência à
mudança vem sendo cada vez mais brutal, apelando para novos tipos de golpes,
alguns com fachada judicial, parlamentar, e sempre com forte ajuda da mídia”,
disse Ramonet, lembrando os casos do Paraguai, Honduras e investidas recentes
na Argentina e no Brasil.”
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