TIRARAM A CHUPETA DO MERVAL
O golpista Merval Pereira anunciando a vitória de Dilma
Por Miguel do Rosário, em O Cafezinho
Merval voltou a chorar.
O
principal colunista da Globo tem um blog, hospedado no portal do grupo.
Não
entendo muito bem, visto que os sites da Globo recebem bilhões de todas as
esferas de governo (municipal, estadual e federal), porque o seu blog
fica às moscas. Olhei os últimos posts e nenhum possui um mísero comentário.
Em
todos os posts, lá está a mensagem fatídica: Seja o primeiro a comentar.
Quer
dizer, entendo sim: é porque é ruim mesmo.
Voltemos ao choro de Merval. Percebe-se facilmente que seu humor
degenerou depois que lhe tiraram o brinquedinho do golpe das mãos.
No
post de hoje, igualmente sem comentário nenhum, o colunista, mais apalermado do
que o normal, sai distribuindo coices para tudo que é lado.
O
jornalista ficou horrorizado com a "metáfora" usada pelo presidente
da CUT, de que pegaria em armas se houvesse um golpe contra a presidenta Dilma.
Pois
é, Merval, mas infelizmente esse é o risco que corríamos, se o golpezinho
paraguaio, que você e seus coleguinhas de jornal planejavam, fosse adiante.
Aliás,
por falar nisso, até agora você não deu informações mais detalhadas sobre o
teor da reunião a portas fechadas entre os editores do Globo, você e Eduardo
Cunha. O que conversaram?
Aquilo
pegou bastante mal, Merval!
Flagrado
com a boca na botija, Merval tentou usar a tática do ladrão que grita
"pega ladrão" para sair de fininho.
Citou
o Cafezinho, que deu o furo, mas não deu o nome do blog: muito honesto, como
sempre. E saiu falando em "blogs rastreados pela Lava Jato", ou seja,
praticamente entregando o jogo: que a Lava Jato está sendo efetivamente usada
como polícia política, uma espécie de operação coringa que serve a qualquer
propósito.
O
colunista, ao se referir ao presidente da Central Única dos Trabalhadores, fala
em "chefão da CUT". Ao mencionar João Pedro Stédile, em
"comandante do MST". Os adjetivos hostis apenas evidenciam uma
personalidade visivelmente transtornada por um ódio de classe de cunho
fascista: odeia sindicalistas e sindicatos, e odeia movimentos sociais.
Em
seguida, o ódio de Merval se volta para o ex-presidente Lula, o qual, segundo
Merval, teria sido "apanhado indiretamente num grampo telefônico".
Por
aí se vê o mau caratismo golpista do setor tucano da PF, que não tem vergonha
nenhuma de ser uma polícia política destrambelhada (contra o governo, o que é a
coisa mais esquizofrênica que já se viu no mundo), que sai grampeando todo
mundo e vazando o que grampeia para jornais de oposição.
E
se a PF começasse a grampear e vazar conversas de jornalistas, empresários de
mídia e banqueiros? Merval, na mesma hora, acusaria a existência de um Estado
policial. Mas como é contra Lula e contra uma empresa de engenharia
independente da Globo, então vale tudo.
Daí
Merval abandona qualquer prudência e faz um ataque gratuito, grosseiro e
irresponsável ao movimento sindical brasileiro.
Copio
os dois parágrafos de Merval:
"Se
não fosse perigosa a retórica desses movimentos periféricos ao poder
sustentados pelas verbas do governo federal, seria ridícula essa linguagem de
sindicalistas que, como está no voto do ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Gilmar Mendes, querem transformar o país em um 'sindicato de ladrões'.
"
O
presidente da CUT, Vagner Freitas, foi o antecessor de João Vaccari na
presidência do Bancoop, a cooperativa do triplex de Lula."
É
incrível a capacidade desses colunistas globais de concentrarem, em tão poucas
palavras, tantas mentiras, leviandades e grosserias.
Ele
começa falando em "movimentos sustentados por verbas do governo
federal". Ora, os sindicatos brasileiros são financiados por suas próprias
verbas, independentemente do governo federal.
Quem
é financiado pelo governo federal, para desgraça do Brasil, é a Globo.
Aliás,
aconselho Merval a ler o livro O Quarto Poder, de Paulo Henrique Amorim, para
saber dos podres da empresa onde trabalha. Roberto Marinho, patriarca da Globo,
sempre se beneficiou - e abusou - de suas relações privilegiadas com o poder.
Se alguém quiser estudar a corrupção no Brasil, não poderá jamais esquecer a
Globo.
Em
seguida, Merval repete a grosseria de Gilmar Mendes, e diz que
"sindicalistas" querem transformar o Brasil num "sindicato de
ladrões".
Como
é que é, Merval?
Isso
inclui o sindicato dos jornalistas também? Ou inclui apenas os sindicatos que
você não gosta?
O
nível de irresponsabilidade, leviandade, grosseria de uma frase como essa me
faz lembrar, mais uma vez, de minhas leituras de jornais estrangeiros, como
Washington Post, New York Times, Le Figaro, El País, Le Monde.
Nenhum
desses jornais, mesmo os mais conservadores, publicaria semelhantes
vulgaridades. No Washinton Post, jornal da direita norte-americana, eu li,
certa feita, uma elegante e respeitosa reportagem sobre os sindicatos de lá.
Não,
Merval, o Brasil não tem nada a ver com a Venezuela, por inúmeras razões, mas
suas colunas talvez copiem o que há de pior, de mais desonesto, agressivo e
leviano na imprensa marrom da Venezuela.
Em
seu blog sem comentários, Merval parece ter virado, ele mesmo, um troll, um
desses comentaristas de blog expelidores de chorume.
A frase seguinte me parece a essência de um
espírito doente: "O presidente da CUT, Vagner
Freitas, foi o antecessor de João Vaccari na presidência do Bancoop, a
cooperativa do triplex de Lula."
É
puro veneno. Não há nenhuma condenação contra Freitas, contra
Vaccari, em relação ao Bancoop, nem Lula possui nenhum triplex. Merval se
aferra à mentira contumaz da Globo sobre o "apartamento de Lula em
Guarujá".
Não
haveria problema nenhum para Lula em possuir um apartamento triplex. Lula
não tem porque não quer. Mas não tem, como já explicou mil vezes à imprensa.
A frase
de Merval apenas evidencia, portanto, um espírito mesquinho, obcecado em
disseminar veneno e mentiras.
Não
admira que seu blog continue às moscas.
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