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O que diz o eleitor de Aécio para enganar a si próprio

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O eleitor de Aécio diz ser um defensor da democracia, d as liberdades democráticas e acusa a esquerda de defender ditaduras. Esse é o mesmo eleitor que deposita nas urnas 700 mil votos para Bolsonaro, um parlamentar defensor de exílios, torturas e assassinatos cometidos pelos militares no longo período de autoritarismo no Brasil.  Por Geraldo Galindo* O eleitor de Aécio diz que o PT quer cercear a imprensa e implantar a censura no país, mas ele não se importa que em Minas, durante os 12 anos do PSDB, os grandes meios de comunicação foram rigorosamente amordaçados, com política planejada de perseguição a qualquer um que ousasse fazer qualquer pequena crítica ao imperador. A propósito, sugiro ao leitor pesquisar os jornais de Minas na cobertura da eleição para ver como funciona a “liberdade de expressão” do PSDB. Até pressão e chantagem para que jornalistas participem da campanha aecista não falta. O eleitor de Aécio diz que na disputa presidencial tem de...

Por que a decisão de Gilmar no caso PT x Veja é um perigo para a sociedade

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Um estranho conceito de justiça Eu estava para escrever sobre isso há alguns dias, mas a cobertura do primeiro turno me consumiu o tempo. Escrevo agora. De Gilmar Mendes aprendi a só esperar coisas ruins, mas desta vez ele ultrapassou todos os limites. Não foi apenas negar um direito de resposta que fora aprovado unanimemente na instância abaixo. Foi a lógica perversa de sua justificativa. Como tantas vezes, a Veja fez acusações pesadas sem provar. Disse a revista: “Para evitar que o partido e suas principais lideranças sejam arrastados ao epicentro do escândalo da Petrobras às vésperas da eleição, a legenda comprou o silêncio de um grupo de criminosos – e pagou em dólar.” Em qualquer país cuja mídia e justiça funcionem, você só publica uma coisa daquelas se tiver documentos que comprovem cabalmente. Ou então você está na lei da selva, no vale tudo em que um jornalista pode destruir reputações – e vidas – sem qualquer responsabilidade, e em regime...

Moço, cuidado para não deixar o passado virar futuro

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Parafraseando Fernando Brito. Essas duas fotos aí de cima, foram tiradas hoje, em dois pequenos supermercados próximos um do outro – o Real e o Supermarket, em Niterói. Parece bobo, não é? Mas para quem passou dos 50 anos não é não, porque somos de uma geração onde a placa que se via em mercados e obras de construção era, ao contrário, a de  ”não há vagas”. Às vezes, até, com um peremptório e duro “não insista” para rematar. Ok, não são ótimos empregos e certamente não são o sonho profissional de quase ninguém. Mas certamente é melhor que não ter emprego nenhum E não é só para os mais pobres e com menos formação escolar, não. Há vagas, embora com salários baixos, para todos os níveis. Aliás, há tanta vaga aberta justamente porque paga-se pouco e muitos param por ali apenas o tempo necessário para sair do sufoco absoluto e buscar algo melhor. Estas fotos daí de cima são do Brasil que não sai nos jornais. O Brasil que sai no jornal está...

Joaquim Barbosa, advogado?

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Foi na saída do STF, e está sendo na entrada na advocacia. Parafraseando Pedro Estevam Serrano. O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa granjeou muitas antipatias durante o exercício de suas funções na Corte. A maior parte delas integralmente justificadas em condutas agressivas e deselegantes do ministro. Por conta destas circunstâncias, a OAB do Distrito Federal decidirá agora sobre eventual impedimento do ex-ministro em exercer a advocacia. A advocacia foi constantemente agredida por Joaquim Barbosa. A forma indelicada e injusta que o então ministro se dirigiu em despacho ao ilustre advogado José Geraldo Grossi chegou a ser objeto de correto desagravo promovido pela OAB ao profissional ofendido. A indelicadeza jocosa de referir-se aos advogados como tratando-se de pessoas que acordam às 11h30 da manhã, ou seja, que não seriam profissionais afeitos ao trabalho, também foi um momento desconfortável para a relação do então ministro com a profissão. Leve-se em c...

A melhor notícia das eleições é o enterro da era Sarney no Maranhão

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                                   Ele Se há uma grande, alvissareira notícia nestas eleições é o enterro simbólico de José Sarney e sua turma no Maranhão. Flávio Dino, do PC do B, teve 63,54% dos votos, contra 33,68% do sarneyzista Lobão Filho, do PMDB. Em 48 anos de comando do clã no MA, seu legado é uma tragédia: o menor IDH do Brasil, miséria, taxa de analfabetismo em torno de 40% e uma rebelião num complexo penitenciário que caberia num filme B de terror. Houve um governador de oposição desde 1966. Foi Jackson Lago, eleito em 2006. Em 2009, seu mandato foi cassado pelo TSE para Roseana Sarney assumir. Nestas cinco décadas, a família deu o próprio nome e o de aliados a tudo: municípios, escolas, pontes, rodovias, fóruns, avenidas, hospitais, viadutos. Como gafanhotos, deixaram o estado à míngua. (Recentemente, um amigo pegou um Land Rover para fazer uma viagem pelo interior do ...

A primeira baixaria da nova campanha foi a ‘homenagem’ de Aécio a Eduardo Campos

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Agora, quando Campos poderia enfim começar a descansar em paz, eis que Aécio invade seu túmulo e tenta trazê-lo para o centro do debate eleitoral. A primeira baixaria da campanha do segundo turno veio na forma de uma suposta homenage m. Aécio reverenciou, aspas, a memória de Eduardo Campos no discurso em que comemorou sua passagem para a fase final das eleições. Vamos chamar as coisas pelo nome certo. O que Aécio fez foi exploração de cadáver com objetivos eleitoreiros. O que ele deseja, muito mais que evocar o “amigo morto”, são os votos dos simpatizantes de Campos. Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha, a viúva Renata Campos está prestes a declarar apoio a Aécio. Aécio poderia ter homenageado verdadeiramente Eduardo Campos se houvesse tomado sua imediata defesa quando o nome do candidato morto apareceu, levianamente, no noticiário das denúncias do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Mas não. Calou-se. Pior: tratou as afirmações de Costa como ve...

Dilma e a esperança

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Semanas turvas. Na campanha final, Lula terá de novo um papel determinante. A união faz a força Editorial da Carta Capital CartaCapital apoia a reeleição porque sabe que o PSDB é a direita e uma vitória tucana significaria o retorno ao passado A mídia nativa encontra à última hora o novo salvador da pátria. Aécio Neves atropela Marina Silva na reta final do primeiro turno da eleição presidencial e consegue o segundo lugar com uma porcentagem de votos que supera as expectativas. O tucanato está em festa, e tem boas razões para tanto, a se considerar a rápida ascensão do seu candidato. Agora na aposta da continuidade do desempenho em elevação. O verdadeiro partido de oposição, a saber a imponente estrutura midiática, exulta, na certeza de que sua atuação foi decisiva em alguns estados, sobretudo em São Paulo. De fato, este primeiro turno confirma a terra bandeirante como a mais reacionária do País. São Paulo não somente reelege um governador incompetente co...