CNJ Diz Que 35 Desembargadores Respondem Por Crime
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CNJ diz que são suspeitos de crimes 35
desembargadores
Destes, 20 já sofreram punições do conselho, que
podem ser anuladas pelo STF
Acusações contra juízes e ação que pode retirar poder de investigação do CNJ causam guerra na cúpula do Judiciário.
Ao menos 35 desembargadores são acusados de cometer crimes e podem ser beneficiados caso o STF (Supremo Tribunal Federal) decida restringir os poderes de investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão que fiscaliza o Judiciário.
Os desembargadores são juízes responsáveis por analisar
os recursos contra sentenças nos tribunais de Justiça. Formam a cúpula do
Judiciário nos Estados.
O Judiciário foi palco de uma guerra esta semana
após declaração da corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, de que o
Poder sofre com a presença de “bandidos escondidos atrás da toga”.
A corregedora tenta evitar que o Supremo restrinja
a capacidade de investigação do CNJ ao julgar uma ação proposta pela AMB
(Associação dos Magistrados do Brasil).
O caso seria analisado na sessão de ontem, mas os
ministros adiaram o julgamento para buscar uma saída que imponha limites ao CNJ
sem desgastar a imagem do Judiciário.
Dentre os 35 desembargadores acusados de crimes, 20
já foram punidos pelo conselho - a maioria recorre ao STF para reverter as
punições. Os demais ainda respondem a processos no âmbito do CNJ.
Dependendo do que decidirem os ministros do STF, os
desembargadores acusados poderão pedir em juízo a derrubada das punições e das
investigações em andamento.
Os casos envolvem suspeitas de venda de sentenças,
favorecimento a partes pelo atraso no trâmite de processos e desvios de
recursos, entre outras acusações.
Agência Folha
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