Em relatório da Petrobras, surgem as “razões” de Venina tentar escapar como “heroína”
Petrobras
vai fundo na apuração dos “malfeitos”. E surgem as ‘razões” da Venina “heroína”
por Fernando Brito, no TijolaçoVéspera de
Natal, e surpresas para quem aposta em desgastar o governo com insinuações de
cumplicidade da atual diretoria da Petrobras com as roubalheiras de Paulo
Roberto Costa et caterva…
Ontem à
noite, o Conselho de Admnistração da Empresa decidiu formar um comitê de
acompanhamento, coordenado por um diretor de Governança que está sendo
selecionado no mercado profissional, para as investigações internas da
companhia.
E um comitê
que de receita de pizza não tem nada, pelos dois nomes escolhidos para integrá-las,
capazes de deixar qualquer tucano mudo.
O primeiro
é Andreas Pohlmann,
comandante do processo de “limpeza” da Siemens alemã, depois das condenações
milionárias que a empresa sofreu nos EUA e na Alemanha.
A segunda é
Ellen Gracie, ex-ministra do STF, por indicação de Fernando Henrique Cardoso e,
inclusive, sondada para ocupar a
vice na chapa de Aécio Neves.
Suas
tarefas: “aprovar o plano de investigação; receber e analisar as informações
encaminhadas pelos escritórios; assegurar que a investigação mantenha a
independência, zelando para que esta não seja impedida ou obstruída; analisar,
aprovar e viabilizar a implementação de recomendações feitas pelos escritórios;
comunicar e/ou autorizar os escritórios a se comunicarem com autoridades
competentes, inclusive reguladoras, no que toca ao status da investigação, seus
achados, bem como ações tomadas pela companhia; e elaborar relatório final
referente aos achados da investigação, bem como sobre as recomendações do
comitê em relação às políticas internas e procedimentos relativos à investigação.”
Portanto, o
comando de toda a apuração feita pelos auditores contratados.
Se algum
risco de partidarismo se quiser alegar, portanto, é “contra”.
Porque há
muita mistificação nesta história e o “caso” Venina Velosa é uma delas.
Venina,
como todos sabem, surgiu com as suas denúncias na base do “Graça sabia”
em dezembro.
Hoje o
“Estadão” disponibiliza o relatório da comissão
interna da empresa (na íntegra,
abaixo) que foi formada em abril e apresentou relatório no
dia 7 de novembro.
Portanto,
mais de um mês antes de Venina Velosa da Fonseca ter “lembrado” de seus
supostos avisos.
Mesmo tendo
sido arrolada na investigação que concluiu por sua responsabilidade em pelo
menos quatro irregularidades (prudentemente chamadas ali de
“não-conformidades”).
A primeira
delas, listada como 6.1, o “esquartejamento” da licitação da famosa Casa de
Força da Refinaria Abreu e Lima, onde haveria um imenso sobrepreço.
Depois, a
6.2, a negociação – pós licitação – dos valores, obtendo-se um “desconto” de R$
34,2 milhões, dos quais nada menos que R$ 25 milhões “sumiram”, isto é, foram
concedidos mas, ainda assim, pagos a empreiteira Alusa.
A
“não-conformidade” identificada como 6.5 refere-se ao não cumprimento para a
convocação de novas empresas para uma concorrência frustrada e a 6.9 é a falta
de parecer jurídicos em licitações homologadas por ela e por Pedro Barusco.
Ou seja,
mesmo antes de suas “denúncias” – novamente, um simples “Graça sabia…”, que só
tem e-mails vagos a amparar, Venina havia sido inculpada, dentro da empresa,
por comportamento no mínimo desidioso e omisso em licitações milionárias.
E só um mês
depois de apontada como responsável lembrou que “ah, a Graça sabia…”
Relatório
da investigação interna da Petrobras e as “não-conformidades” praticadas por
Venina Velosa.pdf by Conceição Lemes
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