Youssef diz que pagou propina ao PSDB, PSB e PP
A manchete da Folha de S. Paulo, desta
terça-feira (3), diz: "Doleiro diz que obras em refinaria geraram
propina para três partidos". Os "três partidos" que o jornal não
quis intencionamente citar na manchete são o PSDB, PP e PSB, de acordo com
depoimentos do doleiro Alberto Youssef na delação da Operação Lava Jato,
da Polícia Federal.
Segundo Youssef, teriam recebido subornos em
contratos da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. o senador Ciro
Nogueira (PP-PI),o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), o ex-governador
de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em agosto, e o ex-presidente do PSDB
Sérgio Guerra, morto em março de 2014.
O
doleiro relatou que Nogueira e Fonte receberam os recursos entre 2010 e 2011. A
propina teria sido paga pela construtora Queiroz Galvão em um contrato para
implantação de tubovias em Abreu e Lima.
Além
disso, Youssef informou que a propina foi negociada antes da assinatura do
contrato da obra. Participaram da reunião um representante da construtora
Queiroz Galvão, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o então presidente
do PP, José Janene, morto em 2010, o ex-assessor do PP João Genu e Youssef.
O
pagamento teria sido coordenado por Fernando Soares, o Baiano. Ele também está
preso na Operação Lava Jato. Parte da propina, no valor de R$ 10 milhões, seria
destinada a impedir a realização da CPI da Petrobras. Um dos beneficiários
deste montate, segundo Youssef, foi o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra.
O
ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos também teria recebido, entre 2010 e
2011, R$ 10 milhões em propina para não dificultar as obras em Abreu e Lima. Os
valores teriam sido pagos em contrato do consórcio Conest, formado pelas
empreiteiras Odebrecht e OAS.
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