CUNHA LIMA MARCA LARGADA DO GOLPE: 14 DE JULHO





Nobre cão de rua, que dorme sob os burros do monumento do Museu que fica no Açude Velho em Campina Grande, e que atende pelo nome de Papudinho, cedeu, muito a contra-gosto, seu focinho para mascarar o ínclito senador Cássio Cunha Lima. (Foto montagem - Bastidores)



247 O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), um dos principais interlocutores do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), tem pressa. Tanto que já marcou até a largada para o golpe contra a presidente Dilma Rousseff: o dia 14 de julho, quando Ricardo Pessoa, dono da UTC, prestará depoimento no Tribunal Superior Eleitoral sobre suas doações de campanha.

Além de aflito, Cunha Lima, que já foi cassado quando governador da Paraíba por crime eleitoral e compra de votos, quer guilhotinar também o vice-presidente da República, Michel Temer.

“Acreditamos firmemente que, já no próximo semestre, haverá o julgamento que poderá cassar o diploma da presidente Dilma Rousseff e o do vice-presidente Michel Temer. Assume, pelo comando constitucional, por três meses, o presidente da Câmara”, disse Cunha Lima, segundo relato do jornalista Josias de Souza.

“O que o PSDB defende são novas eleições”, afirmou. “O próprio ex-presidente Lula poderá disputar. Ele vai poder se submeter à soberania do povo brasileiro. É isto o que nós queremos: novas eleições.”

Ventríloquo do senador Aécio, Cunha Lima tem pressa por uma razão simples. Ao presidente do PSDB, apenas o golpe interessa,  uma vez que que ele não tem fôlego para chegar como candidato tucano a 2018, quando estará em desvantagem em relação ao governador Geraldo Alckmin e  ao senador José Serra (PSDB-SP).

Aécio só será candidato se conseguir transformar o Brasil no que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), definiu como "republiqueta", ao explicar porque é contra um processo de impeachment contra uma presidente da República recentemente eleita. Aécio também não aceita a deposição apenas de Dilma, porque sabe que Temer poderia se tornar popular com um governo de "salvação nacional".

Hoje, Aécio e Cunha Lima são os dois principais incendiários do PSDB, e também do País, mas não devem ter força para impor seus desejos nem mesmo a outras lideranças tucanas, bem mais sensatas.

Nota do Bastidores: A história do senador Cássio Cunha Lima, em muitos aspectos é semelhante a do ítalo-americano Al Capone, principalmente por haverem sido condenados pelo menor dos seus crimes.







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