Brasil gera 101,4 mil novos empregos formais em agosto
Brasil cria 101.425 empregos formais em agosto.
A economia brasileira criou 101.425 novos empregos
com carteira assinada em agosto, contra 11.796 vagas formais em julho e 25.363
em junho. Este é o melhor resultado dos últimos três meses, segundo os dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta
quinta-feira (11), pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Com esse desempenho, o Brasil se
firma como um dos poucos países do mundo a continuar ofertando trabalho, mesmo
em meio a uma das piores crises internacionais da história, destacou o ministro
da pasta, Manoel Dias. O saldo é a diferença entre 1.748.818 admissões contra
1.647.393 demissões.
“Como havíamos previsto, o ritmo das demissões na indústria de transformação
continua caindo. O saldo deste mês foi de apenas um terço do saldo do mês
anterior, pois houve alta na atividade industrial em muitos setores, contrariando
muitas previsões que têm sido feitas por ai”, comentou o ministro.
Somente neste ano, já foram gerados 751.456 novos empregos formais. O setor que
mais gerou empregos foi novamente o de serviços, com 71,2 mil novas vagas. O
desempenho está associado, segundo o ministro, à importância crescente dos
serviços no dia-a-dia dos brasileiros e na ascensão de um grande número pessoas
para a classe média. “As pessoas tem melhorado de vida e procurado serviços que
trazem mais conforto para o seu dia a dia”, explicou.
O desempenho também foi positivo em vários setores, com destaque para indústria
de alimentos, uma das que mais contratou, conforme estava previsto no mês
anterior, onde foram agregadas 13 mil novas vagas. A indústria química e a
indústria da madeira também cresceram, junto com a de papelão e celulose, que é
considerada indicativo de melhoria na economia, pela produção de embalagens.
O comércio também foi destaque, com 40 mil novas vagas. O ministro do Trabalho
e Emprego considerou que esse desempenho está associado ao nível de consumo e a
preparação do setor para o final de ano. “Devemos ter também a contratação de
temporários nos próximos meses, o que deve manter a geração de postos
aquecida”, continuou Manoel Dias, lembrando que a Confederação Nacional do
Comércio estimou, esta semana, a contratação de mais de 137 temporários para o
final de ano.
Houve perdas pontuais nos setores da indústria e na agricultura, esse último
explicado pelo ministro como um resultado da “desmobilização da mão de obra,
uma vez que se trata de uma atividade sazonal”.
O final do ciclo do café, em Minas Gerais e no interior de São Paulo, deixou o
saldo de empregos na agricultura negativo em 9 mil postos, mas com tendência de
recuperação para os próximos meses. O setor começa a se preparar para as safras
de verão, como as de soja e milho e sente os reflexos da procura internacional
pela carne brasileira, que vai demandar mais insumos para a alimentação das
criações. “A indústria de alimentos foi a que mais contratou este mês”, lembrou
o ministro.
Construção Civil
A retomada dos lançamentos de novos empreendimentos imobiliários, segundo o
ministro, também está aquecendo o emprego na construção civil. Esse mês o
aumento nas vagas foi de 2,39 mil, com destaque para as áreas de preparação dos
empreendimentos, o que indica que o setor deve continuar demandando mão de obra
nos próximos meses, para o início das construções. O setor também está reagindo
às medidas de estímulo ao crédito, que visam manter esse mercado aquecido.
Mais vagas em regiões mais carentes
O Caged de agosto também confirma a melhoria no nível de emprego nas regiões
mais car
entes do País. Em relação ao estoque de empregos, as regiões Norte e
Nordeste foram as que mais abriram novas vagas no mês.
Entre os destaques está o Ceará, com 9,5 mil novas vagas, Pernambuco com 8,5
mil novas vagas e Alagoas com 4,2 mil novas vagas. No Pará, o mês registrou 5
mil novas vagas.
Fonte: Portal Brasil com informações do MTE
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