Cora Ronai teve o que mereceu
Quem anda por aí vestida assim, não pode criticar o vestido de posse da presidenta Dilma, feito para esconder um colete a prova de balas.
“Acho que tive o que mereci”, diz a música que fecha a
série, um perfeito epitáfio para Walt.
Sem autolamúrias, sem
vitimização, sem lágrimas hipócritas.
Cora Ronai despejou ódio sobre
Dilma ao escrever tuítes sobre a aparência dela na posse.
E recebeu de volta, dos
militantes petistas, a mesma mercadoria: ódio.
Faz tempo que, nas redes
sociais, Cora Ronai vem batendo em Dilma. “Não suporto a Dilma”, escreveu ela
há algum tempo.
Recentemente, Graça Foster
também foi alvo. Como com Dilma, Cora atacou a aparência de Graça. Neste caso,
com uma hipocrisia extraordinária.
Cora afirmou que não concorda,
aspas, com os que falam de Graça sob o aspecto estético. Mas, ao escrever isso,
ela estava exatamente chamando a atenção para a imagem de Graça.
Chamou-a também,
sarcasticamente, de “Graciosa”, a pretexto de que é assim que Dilma se dirige a
ela.
Cora Ronai é, em suma, mais um
dos jornalistas da Globo visceralmente antipetistas.
A diferença entre as agressões
anteriores a Dilma e esta feita na posse é que agora o conteúdo dos insultos
foi dar em simpatizantes de Dilma, por meio de retuítes.
E então eles reagiram.
Antes, o veneno de Cora ficava
circunscrito a um pequeno grupo de seguidores antipetistas que a incentivavam.
A indignação da militância se
ampliou quando se viu que Míriam Leitão, simplesmente abominada pelos petistas,
se juntou à amiga Cora no ataque à aparência de Dilma.
As respostas dos militantes às
duas não podem ser definidas exatamente como um triunfo da civilização, mas
foram um reflexo perfeito dos comentários presunçosos e cheios de ódio das duas
jornalistas da Globo.
O principal argumento foi:
qual a autoridade que Cora e Míriam têm para falar das roupas, do modo de andar,
da aparência de Dilma?
Fotos de Cora nas redes
sociais foram buscadas e publicadas nas respostas. Houve uma justiça poética
nisso: ela foi exposta ao mesmo tipo de julgamento que impôs a Dilma e, antes,
a Graça Foster.
Julgou pela aparência, e com
ódio. Foi julgada pela aparência, e com ódio.
Cora é uma mulher inteligente,
e poderia ter aprendido uma lição aí. Mas, aparentemente, não foi o que
aconteceu.
Ela partiu para o
contraataque. Chamou os petistas de “matilha” e, num falso pedido de desculpas,
definiu a reeleição de Dilma como uma “tragédia”.
Tragédia para quem? Para ela?
Para a Globo? Para Aécio?
Cora Ronai ouviu, de centenas
de pessoas, o mesmo tipo de coisa que disse sobre Dilma.
Agora ela sabe quanto doi ser
julgada pela aparência por gente que a odeia.
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