VITÓRIA DE MORO: CAMARGO CORRÊA FARÁ DELAÇÃO
Estratégia de prisão
prolongada dos executivos da Camargo Corrêa, determinada pelo juiz Sergio Moro,
do Paraná, e confirmada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal
Federal, atingiu os objetivos desejados pela força-tarefa da Lava Jato; a
empreiteira, que é uma das maiores do País, responsável por obras como a da
usina de Belo Monte, resolveu aderir à delação premiada; agora, a Camargo
promete revelar esquemas de propinas em outras áreas do governo federal, como o
setor elétrico e as obras rodoviárias; sobre o que a Camargo Corrêa faz nos
estados, para outros governos, aparentemente nada será questionado; furo é do
jornalista Kennedy Alencar
O juiz Sergio Moro, do
Paraná, venceu a Camargo Corrêa pelo cansaço. Com seus executivos presos há
mais de três meses, a empreiteira aceitou fazer um acordo de delação premiada e
irá revelar esquemas de corrupção em outras áreas do governo federal, como o
setor elétrico e rodoviário. Ao que tudo indica, nada será questionado sobre a
atuação da Camargo nos governos estaduais. O furo é do jornalista Kennedy
Alencar. Leia abaixo:
KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA
A
Camargo Corrêa decidiu fechar um acordo de delação premiada com o juiz Sérgio
Moro e os procuradores da Operação Lava Jato. A expectativa dos investigadores
é que a empresa dê informações sobre seus negócios com a Petrobras, mas também
a respeito de outros setores da economia, como obras nas áreas de energia e
estradas.
Na
segunda-feira, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, negou
pedido de liberdade feito pela defesa de dois executivos da empresa. Foi a gota
d’água para a companhia optar pela delação, caminho que já vinha analisando.
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