Caiado ignora Aécio na Lava Jato, mas quer investigação contra Dilma





Cão da raça Bull Mastiff, muito a contragosto, empresta seu focinho para mascar Ronaldo Caiado



Na linha de manobrar os fatos como melhor lhe convém, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) resolveu contestar, por meio artigo publicado na Folha de S. Paulo, a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e do Supremo Tribunal Federal por não pedir a abertura de investigação contra a presidente Dilma Rousseff, pois segundo ele, “existem suspeitas”. O que Caiado esconde é que não há fatos.



Utilizando o mesmo factoide da mídia, de que a presidenta Dilma não foi investigada por conta de um impedimento constitucional previsto no parágrafo 4º do artigo 86, que impede a responsabilização do chefe do Poder Executivo federal, na vigência de seu mandato, por atos estranhos ao exercício de suas funções, Caiado afirma que “se trata de uma leitura antirrepublicana desse dispositivo constitucional” e, portanto, a presidenta deve ser investigada.


Mas essa justificativa cai por terra quando verificamos os autos do processo. No despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, que acompanhou a decisão de Janot, ele afirma que não há nada para se investigar contra a presidenta Dilma Rousseff no processo sobre os desvios na Petrobras. “Não há nada que arquivar da presidente Dilma Rousseff”, disse o ministro em sua decisão. 

Mas para Caiado isso não é suficiente, pois, segundo ele, a presidenta Dilma foi citada nas delações e, portanto, não poderia deixar de ser investigada. A verdade é que as investigações não encontraram fatos que justificassem tal medida.

Aécio e propinas em Furnas

O mesmo não pode ser dito em favor do aliado de Caiado, o senador tucano Aécio Neves. No despacho emitido pelo ministro Teori Zavascki ele afirma que o nome de Aécio não entrou na lista dos investigados, não por falta de indícios a serem apurados, mas por não haver conexão com a menção do doleiro Alberto Yousseff a Aécio na Operação Lava Jato (Petrobras). Como o Supremo só age se motivado, a investigação de Furnas fica a cargo de outra investigação, que está parada há dez anos na Justiça de Minas Gerais.

Mas Caiado ignora os fatos e baseando-se em seu oposicionismo conservador e na sanha de emplacar a qualquer custo um impeachment, tenta construir a sua tese afirmando que “há suspeitas fundadas” de desvios de recursos para o “PT” e que o fato da presidenta ter mantido Graça Foster na presidência da Petrobras seriam suficientes para pedir a abertura de investigação contra a presidente Dilma.



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