Por Altamiro Borges

O site da revista Época, pertencente à famiglia Marinho, festeja a agressividade dos tucanos: "Aécio Neves, senador e presidente do PSDB, anunciou na noite desta terça-feira (17) que irá pedir ao STF a investigação da presidenta Dilma Rousseff. A oposição se reuniu hoje no Congresso, empolgada com protestos contra o governo. 'Amanhã os partidos de oposição estarão buscando se encontrar com o ministro Teori Zavascki para, com base em jurisprudência do próprio STF, que por duas vezes já decidiu nessa direção, as oposições, em razão das citações nos depoimentos da delação premiada, pedirem que se abra investigação em relação à presidente da República', afirmou Neves".

De ressaca desde a derrota eleitoral de outubro passado, o cambaleante tucano ficou "empolgado com os protestos" de domingo (15). Em vídeo, Aécio Neves até ajudou a convocar as marchas, de nítido caráter golpista, mas novamente não compareceu. Agora, valente, afirma que há indícios, com base nos vazamentos seletivos da Operação Lava-Jato, para pedir a abertura de investigação contra a presidenta reeleita. Este seria o primeiro passo para deflagrar o processo do seu impeachment. Com o apoio da revista Época e do restante da mídia privada, o cambaleante mineiro não vacila em incendiar o país e atiçar os fanáticos que foram às ruas.

Ocorre que a presidenta Dilma Rousseff sequer foi citada na lista apresentada pelo procurador-geral Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF). Já o nome de Aécio Neves esteve por um fio para figurar na lista - escapou na última hora sabe-se lá por que razão! No seu lugar, surgiu o nome do seu filhote, Antonio Anastasia, ex-governador de Minas Gerais e um dos coordenadores da sua campanha presidencial. As mesmas empreiteiras envolvidas no atual escândalo de propinas da Petrobras sempre financiaram as campanhas do PSDB, DEM, PPS e de outras siglas hoje envolvidas na ação golpista.

Na prática, a presidenta Dilma é quem deveria exigir a abertura de investigação contra Aécio Neves. Não apenas por suas ligações históricas com as empreiteiras agora acusadas de mamatas na Petrobras. O governo poderia solicitar ao Ministério Público e à Polícia Federal - dois aparatos de hegemonia que permanecem sob forte influência dos tucanos - que investigasse também o suspeito aeroporto construído pelo ex-governador Aécio Neves nas terras do seu tio-avô, no interior mineiro. Também poderia pedir maiores esclarecimentos sobre o helicóptero com meia tonelada de cocaína pertencente a um "compadre" político do cambaleante tucano. Há ainda o caso dos recursos públicos usados para financiar as três rádios da família de Aécio Neves.


Até hoje, o governo foi muito complascente com os tucanos gordos. Nenhum deles foi para a cadeia! O processo do "mensalão tucano" - que a mídia insiste em chamar de "mensalão mineiro" - não deu em nada e todos os acusados estão livres e soltos. Possivelmente, até participaram das manifestações contra a corrupção no domingo.  Impunes, eles se travestem de vestais da ética para enganar os mais inocentes. No caso de Aécio Neves, seu comportamento agressivo ainda é mais ridículo. Ele perdeu as eleições - tanto no Brasil como em Minas Gerais - e sabe que não terá mais espaço no PSDB para disputar a sucessão em 2018. Alckmin, Serra e outros tucanos não gostam do cambaleante mineiro. Daí a sua pressa, agressividade e cinismo!  


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