O GRANDE MICO DA "COLUNA AÉCIO"
Ignorância política
Segundo
o Estado de S.Paulo, líderes do PSDB avaliam, reservadamente, rever a
estratégia de apoiar explicitamente a marcha, quebrando a promessa de dar um
caráter apoteótico à sua chegada a Brasília.
O
ex-deputado federal Francisco Graziano, assessor do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, disse à Folha de S. Paulo que entende a frustração dos que
querem o impeachment, mas considera que “atacar Aécio, FHC ou o PSDB mostra
ignorância política”. De repente, os tucanos descobrem que meteram a mão em
cumbuca.
Restará
aos protestadores, certamente, o apoio do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), do
senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e talvez a presença do deputado Paulo Pereira
da Silva (SDD-SP), cujas biografias não justificam os cuidados que precisam ter
os líderes do PSDB.
O
principal partido de oposição embarcou na aventura dos golpistas pela mão do
senador Aécio Neves, que foi demovido do plano de impeachment pelo
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na semana passada. Agora, precisa de um
discurso consistente para evitar o constrangimento de se haver associado aos
aloprados que seguem para Brasília.
Não
se pode prever o que irá ocorrer na capital federal na quarta-feira (27/5), mas
certamente não será a grande festa cívica que esperavam os organizadores do
protesto. Nesse período, o núcleo principal das propostas de ajuste econômico
já terá sido aprovado, ou uma nova agenda estará acertada entre o Executivo e o
Congresso Nacional.
Analistas
acreditados pela imprensa já registram uma redução das tensões entre os
poderes, que vêm sendo estimuladas pela mídia desde a posse da presidente Dilma
Rousseff em segundo mandato.
A
decisão da presidente, de elevar a alíquota da Contribuição Social sobre o
lucro líquido dos bancos, tende a reconciliá-la com parte de seu eleitorado,
pela simbologia da medida, combinada com a manutenção da carência de um mês
para pagamento de abono salarial, que beneficia os trabalhadores.
Tudo
de que os presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros,
não precisam, neste momento, é barulho de manifestantes. O “mico” do
impeachment fica com o PSDB, que vai ter que explicar, daqui para a frente, se
considera que eleição é para valer ou se, nas próximas disputas, caso venham a
ser derrotados novamente, os tucanos irão outra vez mobilizar a “coluna Aécio”.
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