PRÓXIMO 3 DE OUTUBRO É O NOSSO DIA DE GANHAR AS RUAS E DEFENDER NOSSA DEMOCRACIA
A Frente Brasil Popular realiza a sua primeira mobilização de massa no próximo dia 3 de outubro, data em que a Petrobras completa 62 anos. Nesta quinta-feira (17), entidades organizadoras se reúnem em São Paulo para definir o roteiro de atividades da mobilização, que vai acontecer em todo o país.
No momento político e econômico que o país tem vivido se torna urgente a necessidade do povo ocupar as ruas, avenidas e praças contra o retrocesso, por mais direitos e pelas reformas estruturais”, diz documento convocatório assinado por diversas entidades sindicais e do movimento social integrantes da frente.
O ato foi aprovado na plenária da Conferência Nacional de lançamento da Frente,
que reuniu no dia 5 de setembro mais de 2 mil lideranças dos movimentos social
e sindical, parlamentares, representantes de partidos, intelectuais e artistas,
em Belo Horizonte (Minas Gerais), e é uma contraofensiva à onda conservadora
que tem manobrado em direção a um golpe contra a democracia e o mandato
legítimo da presidenta Dilma Rousseff.
Sem retrocesso
Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),
Adílson Araújo, as manobras direitistas “são nítidas” e os derrotados nas urnas
querem pautar o governo. “A sociedade brasileira precisa se manifestar e
definir essa pauta”, enfatizou o sindicalista. “Há um interesse por parte dessa
onda conservadora de criar uma instabilidade política no país e inviabilizar o
exercício do mandato da presidenta Dilma. E como se não bastasse a tensão
golpista, há também uma movimentação que depõe contra a possibilidade do país
retomar o desenvolvimento, por conta de uma agenda de austeridades. Nós
precisamos ganhar as ruas, levantando a bandeira da democracia e radicalizando
no sentido de evitar o retrocesso”, defendeu.
De acordo com os organizadores, essa ascensão do conservadorismo ameaça a
soberania nacional, tendo como um dos principais alvos a Petrobras e, por
consequência, o pré-sal.
“Escolhemos essa data justamente por se tratar do aniversário de criação da
Petrobras. É uma questão de soberania nacional”, destacou Liège Rocha, diretora
da União Brasileira de Mulheres, salientando que também se trata de uma ameaça
à integração latino-americana, pois “assim como o Brasil, a Venezuela, o
Equador e a Argentina enfrentam as mesmas ameaças”.
Liège lembrou que essa ameaça já está materializada com o Projeto de Lei
131/2015, em tramitação no Congresso Nacional, que tenta reduzir a participação
da Petrobras no regime de partilha do pré-sal.
Apontar rumos
A mobilização também quer apontar caminhos para enfrentar a crise econômica.
Rosane Silva, da direção nacional da CUT, destacou que a pauta vitoriosa das
urnas que garantiu a eleição da presidenta Dilma foi a de retomada do
desenvolvimento e de investimentos sociais.
“Elegemos a presidenta Dilma para avançarmos em direitos sociais, na
distribuição de renda, nos programas sociais como o Minha Casa Minha Vida, na
reforma agrária, na educação. Estamos dispostos a ir pra rua sim, para defender
nossos direitos, defender o modelo de desenvolvimento que distribua renda,
eleve emprego e eleve o crédito da classe trabalhadora”, disse Rosane,
salientando que a mobilização vai mostrar ao governo que “existe saída para
essa crise econômica e não é com ajuste fiscal recaindo na classe trabalhadora,
mas sim, com a taxação do grande capital”.
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