Irmãos Koch, magnatas do petróleo e financiadores da extrema-direita nos EUA, ajudam a bancar os “meninos do golpe” no Brasil
Os
meninos do golpe no dia 15: quem banca essa turma?
março
12, 2015 00:44
“Estudantes pela
Liberdade” (EPL) são financiados por corporação petroleira norte-americana que
ataca direitos indígenas, depreda ambiente e tem interesse óbvio em atingir a
Petrobras.
David
Koch se divertia dizendo que fazia parte “da maior companhia da qual você nunca
ouviu falar”. Um dos poderosos irmãos Koch, donos da segunda maior empresa
privada dos Estados Unidos com um ingresso anual de 115 bilhões de dólares,
eles só se tornaram conhecidos por suas maldosas operações no cenário político
do país.
Se
esses poderosos personagens são desconhecidos nos Estados Unidos, o que se dirá
no Brasil? No entanto eles estão diretamente envolvidos nas convocações para o
protesto do dia 15 de março pela deposição da presidenta Dilma.
Segundo a Folha de São Paulo o “Movimento Brasil Livre”, uma
organização virtual, é o principal grupo convocador do protesto. A página do
movimento dá os nomes de seus colunistas e coordenadores nos Estados. Segundo o The Economist, o grupo foi
“fundado no último ano para promover as respostas do livre mercado para os
problemas do país”.
Entre
os “colunistas” do MBL estão Luan Sperandio Teixeira, que é acadêmico do
curso de Direito Universidade Federal do Espírito Santo e colaborador da rede
Estudantes Pela Liberdade (EPL) do Espírito Santo; Fabio Ostermann, que é
coordenador do mesmo movimento no Rio Grande do Sul, fiscal do Instituto de
Estudos Empresariais (IEE) e diretor executivo do Instituto Ordem Livre,
co-fundador da rede Estudantes Pela Liberdade (EPL), tendo sido o primeiro
presidente de seu Conselho Consultivo, e atualmente, Diretor de Relações Institucionais
do Instituto Liberal (IL).
Outros
participantes são Rafael Bolsoni do Partido Novo e do
EPL; Juliano Torres que se define como empreendedor intelectual, do
Partido Novo, do Partido Libertários, e do EPL.
Segundo
o perfil de Torres no Linkedin, sua formação acadêmica foi no Atlas Leadership
Academy. Outro integrante com essa formação é Fábio Osterman, que participou
também do Koch Summer Fellow no Institute for Humane Studies.
A
Oscip Estudantes pela Liberdade é a filial brasileira do Students for Liberty,
uma organização financiada pelos irmãos Koch para convencer o mundo estudantil
da justeza de suas gananciosas propostas. O presidente do Conselho Executivo é
Rafael Rota Dal Molin, que além de ser da Universidade de Santa Maria, é
oficial de material bélico (2º tenente QMB) na guarnição local.
Outras
das frentes dos irmãos Koch são a Atlas Economic Research Foundation, que
patrocina a Leadership Academy, e o Institute for Humane Studies, às quais os
integrantes do MBL estão ligados.
Entre
as atividades danosas dos irmão encontra-se o roubo de 5 milhões de barris
de petróleo em uma reserva indígena (que acarretou uma multa de 25 milhões
de dólares do governo americano) e outra multa de 1,5 milhões de dólares pela
interferência em eleições na Califórnia. O Greenpeace considera os
irmãos opositores destacados da luta contra as mudanças climáticas. Os
Koch foram multados em 30 milhões de dólares em 300 vazamentos de óleo.
As
Koch Industries têm suas principais atividades ligadas à exploração
de óleo e gás, oleodutos, refinação e produção de produtos químicos derivados e
fertilizantes. Com esse leque de atividades não é difícil imaginar o seu
interesse no Brasil — a Petrobras é claro.
Seus
apaniguados não escondem esse fato.
O MBL, que surgiu em apoio à campanha de Aécio Neves, não
esconde o que pretende com a manifestação: “O principal objetivo do movimento,
no momento, é derrubar o PT, a maior nêmesis da liberdade e da democracia que
assombra o nosso país” disseram Kim Kataguiri e Renan Santos em um gongórico e
pretensioso artigo na Folha de
S.Paulo.
Eles
não querem ser confundidos com PSDB, que identificam com o outro movimento: “os
caras do Vem Pra Rua são mais velhos, mais ricos e têm o PSDB por trás” diz
Renan Santos. “Eles vão pro protesto sem pedir impeachment. É como fumar
maconha sem tragar”.
Kataguiri
não se incomoda que seja o PMDB a ascender ao poder: “O PMDB é corrupto, mas o
PT é totalitário”. Mas Pedro Mercante Souto, outro dos porta-vozes do MBL, foi
candidato a deputado federal no Rio de Janeiro pelo PSDB (com apenas 0,10% dos
votos não se elegeu).
Apesar
do distanciamento do PSDB a manifestação do dia 15 parece ser apenas uma nova
tentativa de 3º turno, mas como vimos ela esconde uma grande negociata.
“Business as usual”.
PS
do Viomundo: Os
Koch Brothers são os maiores financiadores da extrema-direita nos Estados
Unidos, Tea Party et al. Plantaram, dentre outros think-tanks, o Cato
Institute. Controlam a maior petrolífera privada do planeta, com faturamento de
U$ 100 bilhões. Para saber mais sobre eles (em inglês) clique aqui, aqui, aqui, aqui , aqui,aqui, aqui e aqui.
O pai do clã foi um dos impulsionadores da John Birch Society, uma sociedade
anticomunista que se opôs às campanhas pelos direitos civis nos anos 60. É
famosa nos EUA a oposição deles aos sindicatos e ao salário mínimo; isso,
enquanto faturam U$ 13 milhões por dia! Para vídeos do Democracy
Now sobre or
irmãos Koch, clique aqui, aqui e aqui.
Resumão:
“Os irmãos Koch são o que os Estados Unidos tem de mais próximo dos oligarcas
russos. Eles juntam controle sobre a economia e sobre o Estado, usando este
último para enriquecer gerando ganhos privados com perdas públicas. A idéia que
eles tem de ‘economia de mercado’ é comprar autoridades de governo e os bens
públicos que eles privatizam a preço de banana”. Já imaginaram estes caras
botando a mão no pré-sal?
Comentários
Postar um comentário
comentário no blogspot