O pré-sal não vale mais nada? Os arábes estão quebrando o “shale” dos EUA
Lembra que, há uns dois meses, quando a cotação
do petróleo acentuou sua queda e os nossos jornais aqui começaram a decretar o
“fim do pré-sal”, porque não seria viável economicamente extrair óleo de lá com
as baixas cotações internacionais?
Pois
a extração do pré-sal vai muito bem, obrigado e atingiu, em janeiro, entre óleo
e gás, 814 mil barris diários.
Um
terço de tudo o que se extrai no país. E quase o dobro (exatos 86,7% a mais) do
que era produzido um ano antes.
E
ninguém se espante se, no meio do ano, forem 1 milhão de barris por dia.
Enquanto
isso, com dois meses de baixa forte nos preços, o “shale oil” que ia acabar com
o petróleo convencional, cambaleia.
No Valor de hoje:
“A queda recente do preço do petróleo já
inviabiliza parte relevante da produção americana de “shale oil” (óleo não convencional,
também chamado de xisto). O produto, que surgiram no mercado global nas últimas
décadas como concorrentes do petróleo no mercado global, garantia bom retorno
aos produtores nos últimos anos, com preço do petróleo acima de US$ 100 por
barril. Agora, o cenário é bem diferente.
Com o barril do petróleo tipo Brent a US$ 51 e
o WTI abaixo de US$ 50, diversas operações de xisto deixam de ter viabilidade
econômica, afirma o analista Virendra Chauhan, da Energy Aspects. Nas contas
dele, um preço de US$ 60 por barril prejudica três das seis mais importantes
áreas de produção de xisto nos EUA.
“O preço que torna a produção de xisto
inviável varia de acordo com a região, mas certamente, em Bakken, o valor atual
faz com que a produção não seja lucrativa”, afirma o analista sobre a área responsável por pouco
menos da metade da produção americana de óleo de xisto, com cerca de 1,1 milhão
de barris por dia de pouco mais de 2,4 milhões de barris diários,
segundo estimativas da Agência Internacional de Energia.”
As
que ainda permanecem viáveis, estão com um lucrinho mixuruca, menos que 10%,
quando ganhavam entre 40 e 50% do valor de um barril de 90 dólares.
Preço,
aliás, que os analistas da Energy
Aspects acham que
voltará a ter no último trimestre de 2015.
As
ações das duas maiores empresas de shale
oil caíram
mais de 90% em relação ao que valiam no início de 2013.
Os
nossos “adivinhos” são incríveis…
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