Líder de protestos pela intervenção militar é investigado pela Polícia Federal
Capitão de bosta
O capitão da reserva da Marinha Sérgio Luiz Zorowich, um
dos líderes dos protestos que pedem uma intervenção militar no Brasil, foi
intimado para depor em um inquérito da Polícia Federal que, segundo ele, tem
como objetivo enquadrar os defensores da volta do regime militar na Lei de
Segurança Nacional. Zorowich, que mora em Santos, recebeu a intimação há cerca
de dois meses para depor na semana que vem.
O depoimento faz parte do inquérito
0161/15-4 instaurado pela Polícia Federal. A intimação não especifica o motivo
da investigação.
Segundo ele, sua advogada apurou junto
à PF que o objetivo é enquadrar defensores da intervenção militar no artigo 23
da Lei de Segurança Nacional, que prevê pena de um a quatro anos de detenção
para quem incitar “subversão da ordem política ou social” ou “animosidade entre
as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições
civis”.
Procurada por meio da assessoria de
imprensa, a PF não negou as afirmações de Zorowich e se limitou a dizer que não
comenta investigações em andamento.
Dono de empresas que prestavam serviços
à Petrobrás e acabaram falindo, Zorowich concentra sua atuação nas redes
sociais, onde tem milhares de seguidores e publica mensagens nas quais pede a
ação imediata das Forças Armadas pata depor o governo do PT e chega a vincular
a presidente Dilma Rousseff a grupos criminosos como o PCC ou terroristas como
o Estado Islâmico. Para ele e seus seguidores, a tese do impeachment defendida
por partidos de oposição é muito leve.
Em uma destas mensagens, em referência
à Operação Lava Jato, escreveu: “que indiciamento que nada, vamos derrubar o
governo pela força das massas e com apoio dos quartéis”.
Indagado se as postagens não se
enquadram no incitamento proibido pela lei, Zorowich respondeu: “não deixa de
ser, não vou desmentir”.
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