Mídia golpista e caloteira vai para o vale tudo: Factoide, distorção e mentiras
O atual
momento político exige uma avaliação crítica quase que diária. O consórcio
golpista (formado pelo PSDB, demais forças da direita e a mídia) tem criado
factoides criminosos que ganham ares de verdade nas manchetes e artigos dos
colunistas fabricantes de mentiras.
Por Dayane Santos
A disputa política ganhou proporções nunca
vistas. A indicação da presidenta Dilma Rousseff de um novo nome para integrar
o Supremo Tribunal Federal (STF), ganhou as manchetes dos jornais e a oposição
utilizou a sabatina como instrumento de disputa política. Nenhum outro indicado
precisou responder a tantos questionamentos políticos e pessoais, como Luiz
Edson Fachin.
A mídia,
por sua vez, escancarou o seu jogo de mentiras, não importando os fatos. Agora,
o jogo se transformou em uma verdadeira guerra de boatos e difamações.
“Colunistas”
relatam supostos diálogos entre lideranças políticas do governo como se
estivessem na sala de reuniões ou expectadores de um reality do governo.
Réus
confessos e presos por lavagem de dinheiro e corrupção são colocados em um
altar e canonizados pela imprensa. Resolvem “contar tudo” e o que sai de suas
bocas, inclusive a opinião política, é considerado fato verídico que não merece
contestação, afinal eles se arrependeram.
Mesmo que
esses “fatos” sejam desmascarados, a mídia mantém a mentira. Nesta terça-feira
(12), por exemplo, em sua coluna na rádio CBN, Arnaldo Jabor disse que “Lula
aprovava a estratégia do mensalão”. Seu comentário foi baseado num factoide
criado pelo O Globo em que se afirmava que Lula havia
confessado ao então presidente do Uruguai, Pepe Mujica, numa conversa sobre o
mensalão, que aquela era a única maneira de governar o Brasil. No entanto, o
próprio Pepe Mujica desmentiu a falácia no domingo (10).
No
depoimento do doleiro Alberto Youssef à CPI da Petrobras, nesta segunda (11) em
Curitiba (Paraná), o doleiro referindo-se ao seu esquema de propinas disse:
“Confirmo e digo que isso é no meu entendimento. Não digo que havia uma
coordenação [do Planalto], mas acredito que eles tinham conhecimento, no meu
entendimento, do que acontecia”.
Para essa
mídia, a suposição de um criminoso vale mais do que o fato do senador Aécio
Neves (PSDB) ter sido citado no esquema de propinas de Furnas e aparecer na
lista de pagamento do doleiro Youssef e não ter sido investigado.
Vale mais
do que o fato dos tucanos terem recebido R$ 10 milhões em propina pagos ao
então presidente do PSDB Sergio Guerra, conforme disse Paulo Roberto Costa,
ex-diretor da Petrobras.
Portanto,
o que ocorre no Brasil não é um enfrentamento de ideias e o exercício legítimo
da liberdade da imprensa. Mas uma violação ao Estado Democrático de Direito.
Nessa
guerra vale tudo: o factoide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira
descarada. A mídia assume a posição de partido político de oposição e tem gente
que ainda se ilude com essa máfia.
Vale
ressaltar, que essa reação é resultado do desespero dos derrotados nas urnas,
que sofreram a quarta derrota consecutiva e transformaram o inconformismo em
ódio visceral contra as forças do povo.
Não
existe dúvida de que o país necessita urgentemente da reforma política e da
regulação da mídia, como forma de promover e consolidar a democracia e romper
esse ciclo de violações e abusos.
Mas antes
das reformas é preciso assumir efetivamente o posto na batalha da comunicação.
Dilma e as forças progressistas só venceram as eleições porque frontalmente
reagiram aos crimes da grande mídia, como aconteceu às vésperas do segundo
turno da eleição, no ano passado, em que o factoide da Veja foi desmascarado.
Portanto,
a reação deve ser proporcional, não somente para defender os interesses
políticos do PT e das forças progressistas, mas principalmente, para reagir em
defesa do povo brasileiro e da democracia, que tem suas conquistas ameaçadas
por essa direita conservadora e reacionária.
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