Janot e o probo Aécio Neves
Cão raivoso, muito a contra gosto, empresta focinho para mascarar o probo Aécio Neves
por Luis Nassif
Errou o Procurador Geral da República
Rodrigo Janot ao não pedir abertura de
inquérito contra o senador Aécio Neves.
Primeiro,
porque na delação do doleiro Alberto Yousseff havia indícios suficientes para a
abertura de inquérito. Conforme o PGR cansou de alertar, pedido de inquérito
não significa condenação nem incriminação de ninguém. É apenas um procedimento
de levantamento de provas, em cima de indícios. Se nada for encontrado, arquive-se;
se forem encontradas provas, proceda-se à denúncia, que poderá ou não ser
aceita pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Em
seu depoimento oral, Yousseff apresenta dados objetivos de fácil apuração.
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Diz que Aécio Neves recebia propinas através de uma diretoria de Furnas,
segundo relato do finado deputado José Janene (PP), que também tinha uma
diretoria por lá.
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Informa por onde passava o dinheiro da propina, a empresa Bauruense.
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Informa o valor presumido da propina, de US$ 100 mil mensais.
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Informa a possível destinatária da propina.
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Diz basear-se nas conversas que tinha com Janene e com o proprietário da
Bauruense.
Ora,
com base nessas informações, bastaria requerer a quebra de sigilo da Bauruense,
analisar seus extratos e balanços e fazer o mesmo da suposta ponta recebedora.
Tinha
razão o Ministro Teori Zavaski quando comentou com pessoas próximas que foram
abertos inquéritos com elementos muito menos robustos do que aqueles que
constavam contra Aécio. Ele não entrou em juízo de valor, se deveria ou
não ter sido solicitado o inquérito. Apenas comparou condições.
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