JUIZ SERGIO MORO MANDA PRENDER DARIO GALVÃO, DONO DA EMPREITEIRA GALVÃO ENGENHARIA
O
empresário Dario Galvão, dono da Galvão Engenharia, foi preso nesta
sexta-feira, em São Paulo, por ordem do juiz Sergio Moro, do Paraná, em mais
uma etapa da Operação Lava Jato. Nesta semana, a Galvão entrou com pedido de
recuperação judicial, alegando dificuldades financeiras. Além dele, também foi
detido Guilherme Esteves, apontado como operador do esquema.
Abaixo,
notícia da Agência Brasil:
Vitor
Abdala - Repórter da Agência Brasil
Policiais
federais cumprem hoje (27) mais dois mandados de prisão preventiva relativos à
investigação da Operação Lava Jato. Um está sendo cumprido no Rio de Janeiro.
Em São Paulo, os policiais cumprem um mandado de prisão e um de busca e
apreensão.
As
informações são da assessoria de imprensa da Polícia Federal. Os presos serão
levados à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ficarão à
disposição da Justiça Federal.
Leia,
abaixo, noticiário da Agência Estado sobre a prisão de Dario:
A
Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (27) o empresário Dario
Galvão, da empreiteira Galvão Engenharia. A prisão preventiva de Dario Galvão
foi decretada pelo juiz Sergio Moro, que conduz todas as ações penais da
Operação Lava Jato. A PF executa, pelo menos, outros dois mandados de
prisão.
A Galvão Engenharia é uma das 16 empreiteiras alvo da investigação
sobre propinas, corrupção e carteirização na Petrobrás.
Na última quarta-feira (25), a Galvão protocolou no Rio de Janeiro
pedido de recuperação judicial, alegando dificuldades financeiras por causa de
inadimplência, inclusive da Petrobrás. Um dos executivos da empreiteira, Erton
Medeiros, está preso desde novembro.
Nos últimos dias, dois empreiteiros fizeram revelações à força
tarefa da Lava Jato, acerca do envolvimento de outros empresários. Um deles é
Gerson Almada, da Engevix Engenharia. O outro é o empreiteiro Ricardo Pessoa,
da UTC Engenharia.
Leia,
ainda, reportagem sobre seu pedido de recuperação judicial:
Consultor Jurídico - A Galvão Engenharia
e a Galvão Participações apresentaram, nesta quarta-feira (25/3), à Justiça do
Estado do Rio de Janeiro pedido de recuperação judicial. Alvos da operação
“lava jato”, as empresas apontam que a condição financeira da Galvão Engenharia
foi agravada pela inadimplência de alguns de seus principais clientes, dentre
os quais, a Petrobras. “A companhia estatal não honrou pagamentos de serviços
adicionais executados, por ela solicitados e atestados”, diz a companhia, em
nota. O problema reflete na Galvão Participações.
Na
operação “lava jato”, o diretor da Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca,
foi preso. Além disso, a companhia foi proibida de contratar com a Petrobras,
por decisão administrativa da própria petroleira.
O
Grupo Galvão declara que “sempre esteve à disposição das autoridades para
colaborar com as investigações” e que “jamais participou de qualquer tipo de
suposto ‘cartel’ de empresas em prejuízo dos interesses de seus clientes”.
Busca
polêmica.
Uma das grandes polêmicas envolvendo o processo da “lava jato” diz
respeito à Galvão Engenharia e à Galvão Participações. A Polícia Federal
estendeu um mandado direcionado à Galvão Engenharia para a holding do grupo,
cuja sede fica 17 andares acima da empresa.
A
Galvão Participações funciona no 19º andar de um prédio em São Paulo e alegava
que teve bens apreendidos sem autorização da Justiça, pois a PF aproveitou um
mandado de busca que era destinado à Galvão Engenharia, localizada no 2º andar.
O juiz responsável pelo processo, Sergio Moro, afirmou que a atitude da PF foi
correta e aponta que havia autorizado a entrada em mais de um pavimento. No
entanto, em dezembro de 2014, o Supremo Tribunal Federal declarou nulas provas
colhidas em empresa diferente da que consta no mandado de busca e apreensão,
ainda que no mesmo prédio.
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