Dia 12: imagens de um fracasso e a baixaria de Ricardo Noblat









“12/4, vai ser maior”, assim era a convocação e mais ainda a esperança dos organizadores da manifestação “espontânea”. Aliás, louve-se a organização e a influência da manifestação espontânea. Além do surgimento espontâneo de dezenas de trios elétricos justamente nos locais das manifestações (só na Avenida Paulista eram 14), espontaneamente a Federação Paulista de Futebol obrigou o Corinthians a transferir seu jogo com a Ponte Preta de domingo para sábado. 



Fez o mesmo em relação ao Palmeiras, que teve que jogar às 11 horas da manhã de domingo. Tudo de forma espontânea. Querem mais gestos espontâneos? O MASP, um dos principais pontos turísticos de São Paulo, fechou no dia 12. No local da feirinha que fica ao lado do museu espontaneamente foram instalados banheiros químicos e uma base de atendimento médico para os participantes da manifestação. Espontaneamente também desde sábado (11) a mídia hegemônica intensificou a convocação em bloco para o ato. O site UOL (Grupo Folha) estampou durante todo o dia que antecedia a passeata a chamada: “Vai a manifestação amanhã? Mande sua foto ou vídeo”. A Rede Globo destinou a íntegra da programação de um dos seus canais a cabo (Globonews) para tentar encher as passeatas Tal como na manifestação do dia 15 de março, o canal ressaltava o tempo inteiro o caráter “pacífico” desta gente limpa e cheirosa que é contra a Dilma. Todas as redes de TVs interromperam a programação normal por diversas vezes para informar e convocar. Mesmo com tantos gestos espontâneos, a manifestação foi bem menor. 

Dia 12: ódio e despolitização

Apenas uma coisa permaneceu igual a passeata do dia 15 de março: as manifestações de ódio e despolitização, que revelam o grande estrago de ter uma mídia monolítica e de baixo nível que, repetindo Joseph Pulitzer, “forma um público tão vil como ela mesma”. Vejam as fotos e vídeos selecionados com a ajuda da redação do Portal Vermelho, especialmente da jornalista Mariana Serafini. Pedidos de intervenção das forças armadas e pela volta da ditadura não faltaram, gerando um momento hilário. Um senhor, defensor do regime militar, estava pregando o golpe e um policial o interrompe e ameaça rebocar seu veículo. O defensor da ditadura reclama; “pô, não temos liberdade”. Uma menina denuncia: Dilma quer instalar um “chip do diabo” nas pessoasO fotógrafo Beto Novaes, trabalhando na cobertura da manifestação, é agredido em Belo Horizonte por ser parecido com o Lula. Uma faixa sugere que Dilma se suicide. Uma manifestante faz um ensaio sensual em prol do “fora PT”. Outra protesta sozinha em Paris. E alguns ficam frustrados por que uma filial em SP do Starbucks Coffe estava fechada “por falta de água”, ironia involuntária proporcionada pela gestão tucana de Alckmin. Ao lado das manifestações exóticas, vemos também surgirem as palavras de ordem que a mídia hegemônica defende. Assim, um manifestante exibe um cartaz dizendo “terceirização sim, PT não”. Outro alega que “sonegação não é corrupção”. Um casal quer que (o ministro do STF) Toffoli (no cartaz o nome do ministro está grafado errado) não participe do julgamento do “petrolão” e que o TSE casse a Dilma. Uma equipe da revista Carta Maior, entrevista pessoas na passeata sobre terceirização. As respostas são reveladoras do “elevado” nível de consciência política dos manifestantes.




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