Em crise no Ibope, JN prepara reformulação
O Jornal Nacional passará nas próximas semanas por uma de
suas maiores transformações. Em crise no Ibope, o principal telejornal do país
ganhará novo cenário e ficará mais informal, mais conversado, e terá a primeira
moça do tempo negra de seus 45 anos de história.
O quadro com as previsões atmosféricas, hoje gravado por
volta das 16h, será feito ao vivo, com interações entre William Bonner e Renata
Vasconcelos e a moça do tempo.
Maria Júlia Coutinho, que vem fazendo sucesso no Hora Um e
no Bom Dia Brasil por causa da informalidade, está gravando testes nesta
semana. A Globo ainda não confirma, mas ela já foi escolhida para ser a
substituta de Michelle Loreto, que será deslocada para a reportagem. Ontem
(15), Maria Júlia foi testada ao vivo no Jornal Hoje.
As mudanças estão sendo preparadas a toque de caixa e
mantidas dentro do maior sigilo. Pouca gente dentro da Globo sabe do novo
cenário, por exemplo. Especula-se entre os jornalistas que os apresentadores
não ficarão apenas sentados, em enquadramentos fixos. Bonner, principalmente,
deve circular pelo novo cenário, apresentando gráficos e operando telões, como
já ocorre no Hoje e no Jornal da Globo.
As novidades devem começar a aparecer a partir do dia 27,
após o aniversário de 50 anos da Globo. Seguem tendências apontadas em
pesquisas. Segundo sondagens feitas pela emissora, os telespectadores pedem um
jornalismo mais arrojado. O departamento de jornalismo da Globo também sonha produzir
um JN menos dependente do sanduíche novela das sete-telejornal-novela das nove.
Com a crise de audiência de Babilônia, o Jornal Nacional
atravessa um de seus piores momentos. Sua audiência na Grande São Paulo está na
casa dos 23 pontos. Há dez anos, beirava os 40.
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