EDUARDO CUNHA (VULGO CUNHÃO) VAI PARA O INFERNO SOZINHO
247 - O jornalista Ricardo
Noblat descreveu nesta sexta-feira, 17, a situação complicada em que se meteu o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após a revelação da delação do
consultor da Toyo Setal Júlio Camargo, que relatou pagamento de propina de US$
5 milhões para Cunha.
"Se
Eduardo Cunha imagina ganhar no grito a confusão em que se viu metido deste
ontem, esqueça. A Justiça não o teme. O governo não gostaria de tê-lo como um
adversário acuado e aparentemente disposto a ir para o tudo ou nada, mas nada
pode fazer", disse Noblat.
O
jornalista relata a mudança de comportamento de Eduardo Cunha nessa
quinta-feira, 16, do início da manhã, quando concedeu entrevista coletiva, onde
atacou o governo e admitiu a deposição da presidente Dilma Rousseff, até o
momento em que soube do conteúdo da delação de Júlio Camargo.
"Aí,
por mais desnorteado que estivesse, não conseguia esconder a tensão e o
nervosismo. E foi um Eduardo bastante assustado que voltou a falar com
jornalistas – desta vez para ler uma nota. Logo ele que, raramente, se
pronuncia por escrito. Sente-se mais forte falando de improviso",
relata.
Noblat
questiona: "O que fará se o Procurador Geral da República o denunciar ao
Supremo Tribunal Federal? Tentará ficar na presidência da Câmara mesmo assim? E
se o Supremo aceitar a denúncia? Os mais de 200 deputados que Eduardo comanda
entre os 513 se manterão ao seu lado para o que mais der e vier?"
E
sentencia: "Ninguém irá para o inferno com ele".
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