O Dr. Paulo Medina - do TSJ - e o Monstro Champinha - da Febem.

Todo cuidado é pouco, para não misturarmos
"alhos" com "bugalhos".
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Ao meu querido irmão Luiz Carlos...
homem sensível e atento a todas essas injustiças.
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Enquanto Champinha nascia em 1987 em Embu-Guaçu e era registrado como Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Doutor Medina já possuía uma imensa folha de bons serviços prestados ao povo brasileiro e, conseqüentemente, à humanidade.
Champinha engatinhava nu entre sobras de macaxeira trazidas da roça por sua mãe e entre garrafas de cachaça esvaziadas em um único dia por seu pai, enquanto o Doutor Medina já amealhara em seu passado, títulos como o de Presidente do Diretório Acadêmico da sua faculdade, Presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal De Juiz de Fora, Monitor das cadeiras de Direito Administrativo e Constitucional, Orador da sua turma da Faculdade, concomitantemente com o mandato de vereador e Presidente da Câmara Municipal de Rochedo de Minas. Tudo isso entre os anos de 1961 e 1966, quando tornou-se Bacharel em Direito e fez os cursos de "Especialização em Ética e Pedagogia" e "Técnica de Comunicação e Expressão". Prestou exames para a OAB-MG em 1966 e tornou-se advogado, onde exerceu a profissão por dois anos.
Nesses vinte anos que ainda faltavam para o nascimento de Champinha, o Doutor Medina foi aprovado no concurso para Juiz de Direito em Minas Gerais, onde foi Juiz das Comarcas de Ervália, Camanducaia, Santos Dumont, Conselheiro Lafaiete e Belo Horizonte; Juiz-Diretor do Foro Eleitoral de Belo Horizonte, Juiz do Tribunal de Alçada da Segunda Cível e da Primeira Criminal onde foi Presidente. Simultaneamente, foi aprovado em Concurso Público para Professor de Direito Judiciário Penal da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora; Professor de Direito Penal da Faculdade de Direito de Barbacena; Professor de Direito Penal e de Direito Civil da Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete; Diretor da Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete e Professor de Direito Civil da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
No tempo em que o Doutor Medina, dava seqüência à sua brilhante carreira de Magistrado presidindo as Câmaras Criminais do Tribunal de Alçada, e Vice-Presidindo o próprio Tribunal de Alçada, sendo ainda Desembargador do Tribunal de Justiça da Quarta Câmara Cível, da Segunda Câmara Cível da Segunda Câmara Criminal e Presidente da Terceira Câmara Criminal, Champinha crescia na periferia da periferia, ao lado do pai alcoólatra que espancava sua mãe todos os dias, quando esta voltava da roça. A necessidade de permanecer em casa ao lado do pai viciado, associada aos maus tratos e à fome, desencadearam problemas mais graves de saúde que lhe faziam convulcionar freqüentemente.
Certamente, pelo brilhantismo com que desempenhava suas múltiplas e honradas funções, inclusive as de Magistrado, o Doutor Medina tornou-se Membro do Conselho Superior da Magistratura, Membro da Corte Superior, Vice-Corregedor Geral de Justiça, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, Corregedor-Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais e integrante, por três vezes, de lista tríplice para Ministro do Superior Tribunal de Justiça; Membro do Conselho Superior da Magistratura e Membro da Corte Superior.
Os problemas de saúde que provocavam convulsões em Champinha, agravaram-se por falta de medicamentos e cuidados, o que o levaram a abandonar a escola no terceiro ano primário e ganhar as ruas e desfrutar da liberdade que aquela vida oferecia, sobrevivendo de esmolas pedidas nos sinais de trânsito e dos primeiros favores para as quadrilhas de bandidos que aterrorizavam Embu-Guaçu. Aos 14 anos, matou a tiros e facadas um caseiro, conhecido por Bin Laden, em uma discussão pela posse de uma galinha que lhe mataria a fome. Os primeiros sinais de insanidade começaram a aparecer: Sempre com um facão na cintura, ele se impunha na região pelo medo que transmitia aos vizinhos. Assaltava e não ficava satisfeito em levar carteiras, bolsas e relógios. Aterrorizava suas vítimas fazendo roleta-russa – colocava a arma na cabeça da pessoa, girava o tambor com apenas uma bala e depois apertava o gatilho. Chegou a cortar parte do dedo de um comerciante que se recusou entregar o dinheiro do caixa durante um assalto.
Enquanto isso, a sociedade brasileira sentia-se protegida pelo Doutor Medina que agora juntava ao seu currículo os títulos de Presidente da Associação dos Magistrados Mineiros – AMAGIS; Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB e Presidente da Federação Latino-Americana de Magistrados – FLAM.
Por sua vez, Champinha dava entrada inúmeras vezes na Febem, donde conseguia fugir após comandar rebeliões internas chamadas de “cavalo doido”, voltando às ruas, ao abandono, ao crime, cada vez com mais ousadia e descontrole.
O Doutor Medina agora publicava diversos artigos em revistas e periódicos especializados, além do livro "Cidadania só com Justiça "sobre as relações do Poder Judiciário com o poder político e a sociedade. A partir de 2001, tornou-se Ministro do Superior Tribunal de Justiça como Membro da 3ª Seção e da 6ª Turma.
Ao mesmo tempo em que o Doutor Medina seguia sua inexorável escalada rumo ao Supremo Tribunal Federal, Champinha cometia um brutal assassinato com tortura e estupro da estudante Liana Friedenbach, 16 anos, morta com 16 facadas após ter seu corpo desfigurado. Depois de assassinada, Champinha violentou-a durante quatro dias. O mesmo destino teve seu namorado Felipe Silva Caffé, 19 anos, assassinado primeiro, pelos seus comparsas nesse crime.
A idéia de seqüestrar a jovem e de matar Felipe foi de Champinha, com dezesseis anos à época. Alguns dias após a morte de Felipe, Champinha viu que não seria possível levar o seqüestro adiante e mataram a jovem. - "Para conversar com esse sujeito (Champinha), é preciso ter um estômago de aço", disse o delegado Balangio. O menor disse ao delegado que matou Liana porque "deu vontade".
Champinha foi levado para a Febem - hoje Fundação Casa - em novembro de 2003. Os funcionários que lá trabalhavam, foram sumariamente demitidos juntamente com o diretor da unidade Vila Maria, após a fuga de Champinha no dia 02.05, apesar de recapturado no dia seguinte - anteontem. Esses funcionários, que custodeavam oitenta internos de alta periculosidade, souberam, muito antes do julgamento dos comparsas naquele crime brutal, todos os detalhes da violência sexual sofrida por Liana. Afinal, Champinha repete a história quase todos os dias, para quem quiser ouvir. - "Mesmo depois de morta, fiz de tudo com ela", costuma dizer. Essa é uma de suas frases preferidas diante de sua atenta platéia, a quem narra com minúcias o que fez durante os quatro dias em que violentou a jovem e desfigurou seu cadáver. - "É muito nojento ouvir essas barbaridades", diz uma das funcionárias da unidade. Segundo ainda esta funcionária: - "Com outros infratores, mesmo perigosos, é possível ainda conversar, mas com o Champinha não tem jeito. Ele é uma pessoa sem escrúpulos, sem noção do respeito ao próximo. Não tem a menor capacidade de viver em sociedade. Prova disso é que vive fazendo ameaças às funcionárias: - Quando pegar você lá fora, acabo mesmo".
Em julho do ano passado – 2006 - bastou a educadora da Febem se distrair no meio do pátio, e Roberto Aparecido Alves Cardoso – Champinha - agora com 19 anos, passou a mão em sua genitália. Indignada, ela o esbofeteou. Ele tentou revidar, mas foi seguro por outros dois funcionários. Os demais adolescentes internos entraram em alerta. "A senhora não pode bater em vagabundo", berravam. Depois do tapa, para acalmar os ânimos, a funcionária teve que "bater a fita" com os colegas de Champinha - ou seja, explicar o que tinha acontecido. Eles estavam indignados com a bofetada que o líder do grupo havia levado. Mas, para sorte da educadora, um dos internos tinha presenciado a cena e contou para os demais. Os demais infratores foram então pedir pra Champinha não fazer mais aquilo.
De acordo com os especialistas do IML, "Champinha revela uma personalidade imatura e egoísta. Suas vontades estão acima de tudo e de todos, não aceita esperar nada, quer todas as gratificações e satisfações do desejo imediatamente. Age por impulso. Não se importa com as conseqüências de seus atos. "É pessoa que, pelo distanciamento afetivo e emocional que toma frente ao mundo e principalmente frente aos demais, atua de forma arrogantemente impositiva quando lhe convém, e até simbiótica, juntando forças e atos irracionais para obter o que deseja, sem dilema e sem culpa", conclui o laudo.
Esta tem sido a vida desse criminoso capaz de executar de forma tão bárbara adolescentes indefesos. Estas são as suas conquistas, os seus troféus.
Já o Doutor Medina, por sua vez, tem, entre Condecorações, Títulos e Medalhas: a Medalha de Honra da Inconfidência; Medalha Santos Dumont, grau Ouro; a Medalha Ordem do Mérito, pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais; o Colar do Mérito Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais; o Colar do Mérito Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro; a Comenda José Maria Alkimin do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais e os Títulos de Cidadania Honorária de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Conselheiro Lafaiete, Caxambu e Santa Bárbara.
Apesar dessa execução, tortura e abusos, não creio que se pudesse esperar outra coisa de um adolescente com esse perfil de insanidade e essa história de vida. Aqui, temos que fazer a pergunta: Onde estava o Estado Brasileiro, a sociedade brasileira e os magistrados brasileiros? Quem criou esse monstro horripilante e asqueroso que todos desejamos ver esfaqueado dentro do internato para onde for enviado como fera indomável? O caso de Champinha é apenas mais um entre centenas na história criminal brasileira. Não é o primeiro e está muito longe de ser o último, pois, a cegueira provocada pela vida luxuosa; a insensatez proveniente da vaidade com bens excessivos; a frieza que vem com o orgulho pelo nome de família e pela cor da pele, fertiliza com "Champinhas" os ventres de milhares de meninas adolescentes em todas as periferias das periferias. Continuarão nascendo às dezenas, centenas e depois milhares, e descarregarão todo o seu ódio contra inocentes e culpados dessa sociedade insensível.
Mas, e o Doutor Medina? Um homem do outro lado. Do lado dos vaidosos por seus inúmeros títulos; dos orgulhosos pelo nome de família e pela cor rosada das suas bochechas; dos que adquiriram respeitabilidade e acham que esta, adquirida, é superior à respeitabilidade inerente a todo ser vivo; dos que sentam no assento traseiro dos carros oficiais e se acham maravilhosos porque dão bom dia ao seu motorista e, vez por outra, lhes oferecem uma camisa usada, dizendo: “quase não vesti!”... O que dizer desse pobre coitado que, após escrever o livro “Cidadania Só Com Justiça”, de ter feito o Curso de "Especialização em Ética e Pedagogia", e de ter um currículo invejável desses, não foi capaz de resistir à mesma tentação que move Champinha, ou seja: conquistar mais prazer a qualquer preço. Champinha, também coitado, nunca sentiu nenhum prazer em estar vivo, a não ser os oriundos das suas masturbações e de alguma transa com outra colega de infortúnio, suja, em frangalhos e fedida.

Mas, ao Doutor Medina, a quem não faltou o aconchego de uma família ajustada, boas escolas, excelente alimentação e o que toda criança adora: guloseimas, acompanhamento médico permanente e remédios ao menor sinal de desconforto, lhe foi dado pela "justiça social" o privilégio de ver todos os seus desejos transformados em prazer com muita facilidade.
O que se passava na cabeça de Champinha, entre uma convulsão e outra, ao parar momentaneamente diante de um aparelho de TV em alguma loja e constatar o luxo das casas e a felicidade do povo que no interior delas aparece, tudo retratado com tanta exatidão pelas nossas novelas?... O que imaginava, ao verificar que aquele povo existe de verdade e passa todos os dias ao seu lado, dentro dos seus carros cada vez mais difíceis de se ter acesso, e nem sequer olham para ele?... Acho que ele pensava alguma coisa como:... “Porque eu sou assim? Porque minha querida mãe vive assim? Porque eu sou pobre e não tenho direito a nada disso? Quem, e quando, decidiu que eu seria assim e eles assim ? E quando seus dentes doíam, sua barriga roncava de fome, seu corpo se acercava dos colegas nas madrugadas frias para impedir o frio, e aqueles carrões continuavam passando com pessoas lindas e sorridentes... o que passava em sua cabeça entre uma convulsão e outra?...
O Doutor Medina deve saber muito bem pois, além de passar por ele ou por outros milhares desses seres desgraçados todos os dias, ainda escreveu um livro sobre essa injustiça. Ele é um daqueles que, ao vê-los, tentam fugir da idéia de ver todos aqueles miseráveis mortos num passe de mágica; que habitam as melhores e mais seguras residências, eletrônicamente protegidas contra o horror que vem da periferia da periferia; que usam togas negras para demonstrar àquela escória social o quanto são honrados, "perigosos" e diferentes; que têm o poder de tomar decisões que poderiam, efetivamente, ajudar aos Champinhas da vida a serem acolhidos por ela com respeito, carinho e dignidade, se isso não lhes custassem um pouco do luxo que exibem a seus iguais, numa competiçao grotesca e nauseante.
Pois é! O Doutor Medina, apenas por dinheiro e o que este lhe poderia acrescentar de excessos, igualou-se a Champinha. Apenas aparentemente, seu crime é menos horroroso que o do outro monstro. Quantas outras sentenças ele não negociou escondido atrás da pessoa do seu irmão que agora levará toda a culpa? Quantos Champinhas ele não ajudou a fecundar e que ainda irão nascer? Quais os maus tratos, a fome, o olhar de desdém, o abandono, as convulsões que o Doutor Medina já viveu e que lhe conduziram a cometer tamanho crime? Quantos outros crimes medonhos serão cometidos por suas sentenças vendidas e apenas os executores receberão o tratamento de besta?
O crime de Champinha não é menos brutal, mas é menos vergonhoso.
Champinha é um doente mental que assassina pessoas no “varejo”, movido por impulsos incontidos que nunca foram tratados. Enquanto o Doutor Medina, apenas por algum dinheiro a mais, foi capaz de trair a confiança dos seus "semelhantes" e de toda a sociedade brasileira. É um criminoso no “atacado”. É uma besta de bochechas cor de rosa que receberá - caso a sindicância promovida pelo mesmo Tribunal onde trabalha venha a condená-lo - a pena de aposentadoria compulsória, com seus vencimentos integrais.


Champinha continuará sendo esse monstro nascido nas trevas da periferia, e que acabará assassinado por policiais ou por um dos seus "irmãos de desventura".

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