Silas Malafaia: Ódio, ódio puro e o matadouro moral das ovelhas
Ódio, puro ódio, direto do
púlpito!
por Silvio
Prado*, via e-mail
Vi o pseudo pastor Silas Malafaia
pedindo votos para o tucano Aécio Neves. Postado na internet, o vídeo onde
aparece o pregador é um retrato perfeito da condição de quase loucura que toma
conta de alguns setores evangélicos brasileiros diante da candidatura Dilma.
O riquíssimo Malafaia, pastor de
ovelhas certamente idiotizadas, baba sem nenhum pudor seu ódio ao PT, o mesmo
ódio que cultiva contra tudo que seja a defesa de valores que libertam o ser
humano do atraso.
Livre de Marina Silva, que ajudou a
matar com apenas quatro tuitadas, Malafaia , em nome da sobrevivência do
atraso, agora sai de braços dados com Aécio Neves, pouco importando suas fugas
dos bafômetros da policia carioca e o relacionamento “íntimo” do mineiro com
Zezé Perrela, o dono do helicóptero apreendido no Espírito Santo, com 450
quilos de pasta de cocaína, prontinha para ser remetida para Amsterdã, Holanda.
Pelo depoimento de Malafaia, mesmo se
Aécio fosse Pôncio Pilatos ou tivesse atuado como um dos torturadores de Jesus
na madrugada que antecedeu aos momentos da crucificação, mesmo assim Malafaia
votaria e faria a campanha do tucano, pois os valores do Evangelho, diante dos
interesses imediatos de gente como ele, sempre são jogados para debaixo dos
bancos das igrejas. Além do mais, há um motivo, o principal entre todos que
estimulam Malafaia em sua cruzada: derrotar o PT.
Princípios democráticos e a defesa da
liberdade de expressão, inclusive a religiosa, impõem a todo cidadão civilizado
a necessidade saudável de conviver com as diferenças. Diferenças, sabemos,
enriquecem o conjunto da sociedade, ampliam visões antes estreitadas,
possibilitam questionamentos necessários e, mesmo que pareçam radicais e
imponham riscos, precisam ser aceitas e corretamente entendidas.
No entanto, quando as diferenças são
expressas por tipos “padrão Malafaia” e desvelam a face mórbida do atraso e do
mau-caratismo, o único remédio é lutar por um Estado capaz de, através de
políticas públicas consistentes, elevar o nível de informação e educação do
povo. É ai que entra uma escola e uma educação públicas de qualidade e
universalizadas, desde os primeiros anos da infância de todo cidadão.
Por isso, enquanto não houver no
Brasil escola pública e educação de padrões inquestionáveis, indivíduos como
Silas Malafaia, bolsos e cofres muito bem recheados, terão sempre sob seu
palavrório milhões de “ovelhas” incapazes de perceber que, ansiosas por
salvação ou o que seja, vivem grande parte da vida entre as quatro paredes de
um perigoso matadouro moral.
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