Dilma defende união da esquerda para Brasil avançar com justiça social
Durante a abertura
do 5º Congresso Nacional do PT, que iniciou nesta quinta-feira (11) em
Salvador, na Bahia, a presidenta Dilma defendeu em seu discurso a união da
esquerda para avançar com justiça social. Pediu que seu partido, as demais
siglas progressistas, os movimentos sociais e os militantes da legenda
continuem a caminhar “juntos e firmes” para transformar o Brasil.
“Todos que estão
aqui [no 5º Congresso] compartilham essa vontade de transformar o Brasil. Para
alcançar isso, precisamos caminhar juntos e firmes. Preciso de cada um de
vocês, de toda força que vocês podem me dar, estando ao meu lado”, disse a
presidenta.
“Eu preciso contar com o meu partido, que é
livre para fazer propostas, autônomo na defesa do programa, firme nas críticas,
porque elas são necessárias. Nunca achamos que nós devemos andar no mesmo ritmo
e pensar do mesmo jeito”, completou.
Durante o discurso, ela ainda pediu que eles não
se deixem abater por discursos e comportamentos intolerantes. “Eles são
produtos da intolerância de uma minoria”, avaliou.
Ela também solicitou que os militantes petistas
não se submetam aos que torcem pelo fracasso do partido e do governo federal.
“Municiem-se de informações. Falem da Petrobras, sim. A Petrobras reorganizada,
capaz de punir aqueles que dela se beneficiaram ilicitamente”, falou.
Além disso, Dilma voltou a defender o ajuste
fiscal promovido pelo governo federal. Segundo ela, apesar das mudanças, o
governo não alterou os compromissos com o Brasil e que são defendidos pelo PT
desde 2003, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a
presidência da República.
“Este é o momento para afirmar que nós somos um
governo que tem a coragem de realizar ajustes e que faz esses ajustes para dar
sustentabilidade, continuidade, perenidade e fazer avançar o projeto de
desenvolvimento, de mudanças, que adotamos desde 2003″, garantiu a presidenta.
A mandatária pediu que o partido faça uma
leitura correta da situação e compreenda as medidas táticas para assegurar os
objetivos estratégicos.
“Eu vim para assegurar a cada militante petista
que temos uma agenda forte, consistente, de medidas, que vão garantir a retomada
do crescimento, a continuidade e o avanço do processo de inclusão, de ascensão
social do nosso povo”, completou Dilma.
“Partido vivo e de cabeça erguida”
Já o ex-presidente Lula garantiu, durante seu
discurso também na abertura, que o PT está “vivo e de cabeça erguida, na
perspectiva de construir um país muito melhor”. “O PT continuará vivo, enquanto
os trabalhadores desse país continuarem sonhando com uma vida melhor. Por isso,
temos a obrigação de olhar para o futuro, de continuar semeando a esperança”,
completou.
Durante o discurso, ele relembrou o constante ataque da imprensa ao PT,
desde 2005. “Nesse mês de junho completa dez anos que a imprensa brasileira
começou a decretar a morte do PT [em alusão ao início do chamado ‘mensalão’]”,
criticou.
No entanto, Lula lembrou que, um ano depois, em
2006, ele foi reeleito para um segundo mandato na presidência da República. O
mesmo aconteceu em 2010, quando a imprensa atacou a presidenta Dilma Rousseff
e, mesmo assim, ela foi reeleita.
“Eles não conseguem entender que a força do PT
vem do nosso profundo enraizamento com a nossa sociedade brasileira. Nossa
força vem do chão da fábrica, da terra plantada com o suor do lavrador, das
escolas, das ruas e das praças onde lutamos sempre junto com o povo para
construir um país verdadeiramente democrático, mais desenvolvido e mais justo”,
afirmou Lula.
Além disso, o ex-presidente reconheceu que o
Brasil ainda enfrenta problemas como o crescimento do desemprego e da inflação.
No entanto, para ele, é preciso corrigir erros, mudar o que for preciso e
manter o diálogo com a população. “O PT nasceu para ser porta-voz do futuro e
não pode se acomodar jamais”, avaliou.
Lula também criticou a agenda da oposição.
Segundo ele, os opositores ao governo são aqueles que querem acabar com o
sistema de partilha do pré-sal, destruir a Petrobras e a indústria naval.
“Nossos adversários não se conformam com um modelo de desenvolvimento baseado
na inclusão, na geração de emprego e renda”, avaliou.
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