JÁ NÃO BASTA CASSAR EDUARDO CUNHA. É PRECISO PRENDÊ-LO !...
Cunha simboliza um mundo político putrefato
As
coisas chegaram a um tal ponto que não basta cassar Eduardo Cunha.
Ele tem que ser preso.
Nada, chantagem, ameaça de impeachment, nada justifica manter Eduardo Cunha.
Ele é o símbolo máximo de um mundo político putrefato.
Ele representa a vitória da plutocracia sobre a democracia.
O dinheiro – dinheiro sujo — o levou a uma posição de enorme poder para que
Cunha defendesse, no Congresso, os interesses dos plutocratas.
Está escrito em sua testa ampla: “Eu defendo os ricos e os
poderosos. Eu sou um instrumento da iniquidade e da desigualdade. Eu não estou
nem aí para os desfavorecidos.”
E ele cumpriu sua agenda torpe na Câmara do seu jeito
brutalmente indecente. Cunha encontrou uma maneira de aprovar a permanência do
financiamento privado, a janela pela qual os plutocratas tomaram de assalto a
democracia.
Lutou pela pilhagem dos direitos trabalhistas ao fazer
aprovar um projeto favorável à terceirização.
Pesa agora contra ele a acusação de haver manobrado para
fazer passar medidas que trariam ainda mais bilhões aos já muitos de André
Esteves, do BTG Pactual.
Por este serviço, segundo as denúncias, ele teria recebido
45 milhões de reais.
Cunha nega, assim como nega as contas na Suíças, das quais
não é dono, mas “usufrutuário”, para lembrar a palavra que ele imortalizou e
colocou no dicionário das infâmias de 2015.
Um deputado que se mantivesse no cargo depois de tantas
delinquências comprovadas seria uma aberração. Tratando-se do presidente do
Congresso, é uma vergonha nacional e internacional.
Tão rigoroso com tanta gente, sobretudo petistas, onde está
Moro no caso mais dramático de corrupção do país?
Escondido.
Um dos motivos, talvez o maior, é que Cunha tem poder de
retaliação, algo que não agrada a Moro.
E
a imprensa, a autoproclamada fiscalizadora dos políticos: por que Cunha jamais entrou no seu radar?
Esta é fácil: porque ele defendeu sempre os interesses dos
donos das grandes empresas de mídia. Por isso virou um intocável, um
inimputável. A agenda econômica de Cunha é a agenda econômica dos Marinhos, dos
Frias, dos Civitas. Numa palavra, a perpetuação da desigualdade.
A
sociedade deve aos suíços – não a Moro e os policiais da Lava Jato, não à
imprensa livre fiscalizadora – o desmascaramento de Eduardo Cunha.
Não fossem os suíços, ele estaria fazendo o serviço de
sempre na Câmara. Não fossem os suíços, sua mulher Claudia continuaria a postar
no Facebook fotos que demonstravam a vida suntuosa do casal, e incompatível com
o ordenado de um deputado.
Muitas vezes você tem que descer ao abismo para mudar
alguma coisa que parece impossível de mudar.
O Brasil teve que enfrentar uma inflação de 80% ao mês para
que a sociedade gritasse que não dava mais. O próprio Malan, homem forte da
economia sob FHC, admitia isso. Veio a estabilidade com FHC, e teria vindo com
qualquer outro, dada a exaustão absoluta dos brasileiros com a inflação
desmesurada.
Agora, na política, Eduardo Cunha representa o que a
hiperinflação foi para a economia.
Há que tirá-lo de cena para que um paciente trabalho de reconstrução
política possa ser iniciado.
E já não é suficiente cassá-lo, repito. É imperioso
prendê-lo.
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